2024: «Por favor, não esqueçamos a Ucrânia, a Palestina e Israel, que estão em guerra», afirmou o Papa, lembrando a perseguição na Nicarágua

Francisco desafiou a construir a paz «todos os dias do novo ano»

Foto EPA/Lusa

Cidade do Vaticano, 01 jan 2024 (Ecclesia) – O Papa Francisco afirmou no primeiro encontro do ano com romanos e peregrinos na Praça de São Pedro que é necessário ser “construtor da paz” todos os dias e lembrou os países em guerra.

“Por favor, não esqueçamos a Ucrânia, a Palestina e Israel, que estão em guerra. Rezemos para que prevaleça a paz, todos juntos”, afirmou Francisco após a oração do ângelus.

O Papa recordou “numerosas iniciativas de oração e compromisso pela paz”, nomeadamente a manifestão “Paz em todas as terras”, organizada pela Comunidade de Sant’ Egídio em várias cidades do mundo, e o “Movimento Europeu de Ação pela Não Violência”.

“Que Virgem Maria, a Santa Mãe de Deus, ajude no compromisso de sermos construtores de paz em todos os dias do novo ano”, afirmou.

O Papa disse que acompanha “com viva preocupação” o que está a acontecer na Nicarágua, onde sacerdotes e bispos foram “privados da liberdade”, manifestou aos seus familiares e à Igreja no país a sua “proximidade na oração”

“Convido todos vós aqui presentes e a todo o Povo de Deus à oração insistente, esperando que se procurem sempre caminhos do diálogo para superar as dificuldades. Rezemos pela Nicarágua, hoje”, afirmou o Papa.

Nos últimos dias de 2023 foram detidos quatro padres na Nicarágua e, na semana anterior, três sacerdotes e dois seminaristas foram também detidos; as relações entre a Igreja Católica no país e o Governo de Ortega, eleito para um quinto mandato em novembro de 2021, levaram também à detenção de dois bispos.

Na reflexão antes da oração do ângelus, o Papa referiu-se a Nossa Senhora como aquela que, “com seu silêncio e sua humildade”, é “a primeira ‘catedral’ de Deus, o lugar onde Ele e o homem podem se encontrar”.

“Ela é Mãe não apenas porque carregou Jesus em seu ventre e o deu à luz, mas porque o traz à luz, sem ocupar seu lugar. Ela permanecerá em silêncio também sob a cruz, na hora mais sombria, e continuará a abrir espaço para Ele e a gerá-Lo para nós”, afirmou.

O Papa disse ainda que, como Maria, também as mães são “são magníficas catedrais do silêncio” com o “seu cuidado escondido, com seu carinho”.

“O amor nunca sufoca, o amor abre espaço para o outro e o faz crescer”, sublinhou.

No primeiro dia do ano de 2024, o Papa convidou a olhar para Maria “com o coração agradecido” e a pensar em todas as mães “para aprender aquele amor que é cultivado sobretudo no silêncio, que sabe dar espaço ao outro, respeitando sua dignidade, deixando a liberdade de se expressar, rejeitando todas as formas de posse, opressão e violência”.

“Há tanta necessidade disso hoje! Tanta necessidade de silêncio para escutar”, indicou o Papa.

No Dia Mundial da Paz, o Papa apontou para o amor que “é feito de respeito e gentileza” e, assim, “rompe barreiras e ajuda a viver relações fraternas, a construir sociedades mais justas e humanas, mais pacíficas”.

PR

 

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Agência ECCLESIA

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