Cardeal-patriarca de Lisboa desafiou a sociedade a transformar-se numa «grande família»
Benedita, 1 jan 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa afirmou hoje na homilia da Missa do primeiro dia do ano que a paz tem de ser exercitada em relação a quem chega de fora por razões de “pura sobrevivência”, transformando a sociedade numa “grande família”.
“Alargando as nossas famílias a esta grande família em que a sociedade se deve tornar para os de cá e para os que nos procuram, nós recebemos a paz, oferecemos a paz e crescemos na paz”, disse D. Manuel Clemente.
O cardeal-patriarca de Lisboa presidiu à Missa do 51º Dia Mundial da Paz na igreja paroquial da Benedita, onde apresentou a mensagem do Papa Francisco para esta Jornada, que tem por tema “Migrantes e refugiados: mulheres e homens mulheres em busca de paz”.
Para D. Manuel Clemente, a pacificação tem de ser exercitada “muito em particular” em relação a quem foge de terras onde “não tem paz, pão sossego, não tem nada”.
“Temos de ser os primeiros agentes e colaboradores desta pacificação e também com as etapas com que o próprio Deus a exerceu no mundo: fazendo-se um de nós, em Jesus Cristo, crescendo numa família, alargando-se nesta família a que todos pertencemos, os batizados”, referiu.
“Assim a paz recebida é uma paz oferecida”, sublinhou D. Manuel Clemente.
O cardeal-patriarca lembrou os 250 milhões de migrantes, efetivamente “uma multidão”, “mal recebidos, mal acolhidos, mal acompanhados”.
D. Manuel Clemente referiu-se sobretudo aos que tiveram de migrar à procura de uma vida melhor e “também de sobrevivência”, fugindo de “situações incríveis” que não é possível “ficar anestesiados” diante da “catadupa de acontecimentos” que passa nos meios de comunicação social.
O cardeal-patriarca de Lisboa sustentou que “um acolhimento reforçado dos emigrantes e refugiados” é fundamento da paz em todas as sociedades.
PR