Dia dos Namorados: Namoro é um tempo para «conhecer, sem pressão» e para «amadurecer» – Margarida Silva e David Alvito

Com casamento marcado para maio, noivos cresceram na amizade, na fé e no amor junto dos grupos de Jovens da família Missionária Verbum Dei

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Lisboa, 14 fev 2025 (Ecclesia) – Margarida Silva, com 25 anos, e David Alvito, de 28 anos, namoram há nove anos e afirmam que o namoro tem sido um período para conhecimento, “sem pressão” e que acompanhamento de namorados foi importante no seu caminho.

“É uma fase muito importante para conhecermos a pessoa e não significa que a fase de namoro conduza necessariamente ao casamento com essa pessoa. A verdade é que nós tivemos namorados antes de nos conhecermos, e o namoro é exatamente isso, perceber se nos identificamos com a pessoa que está ao nosso lado, e à medida que vamos crescendo e a relação vai exigindo mais, perceber se somos capazes ou não de garantir essa exigência”, explica David Alvito.

O casal, com casamento marcado para maio, conheceu-se nos grupos de Jovens da família Missionária Verbun Dei, na paróquia do Campo Grande, em Lisboa, e afirma a importância da fé na vivência do namoro e de, a certa altura da relação, terem procurado a vivência em grupos de namorados.

“Os grupos de namorados desafiam-nos a pensar e a rezar, ajudando a formar uma consciência sobre quem somos, o que sentimos e a bússola de para onde é que queremos ir. Tendo consciência que temos alguém ao nosso lado, temos também outra pessoa ainda maior a acompanhar-nos”, sublinha Margarida, que integra os grupos de revisão de vida.

O casal reconhece ter iniciado o namoro numa fase precoce da vida – a Margarida com 16 anos e o David com 18 – tendo posteriormente passado por novos contextos desafiantes, em termos sociais e de crescimento humano, mas indicam que o “perdão e o amor” os fez permanecer na relação.

David Alvito indica que a maturidade marca, necessariamente de forma diferente uma relação, quando iniciada aos 18 ou aos 28, mas que o percurso de crescimento a dois fortaleceu o casal e que, com naturalidade, foi percebendo que quaisquer planos que poderia ter na sua vida seriam sempre delineados com a namorada.

Foto: Agência ECCLESIA/MC

“A seriedade com que assumimos este compromisso a dois em 2016, hoje manifesta-se de forma diferente, vai ganhando forma porque também hoje a maturidade é outra”, acrescenta Margarida, que recorda ter sido a fé a aproximá-los e a fortalecer uma relação de amizade.

Liturgicamente, 14 de fevereiro é o dia da festa de São Cirilo e de São Metódio, mas na Itália a Diocese de Terni celebra o seu padroeiro, São Valentim, primeiro bispo desta localidade, que morreu como mártir, provavelmente no século IV.

Este nome está ligado a algumas lendas, segundo as quais Valentim teria morrido decapitado por se ter recusado a renunciar ao Cristianismo e por, secretamente, ter celebrado o casamento entre uma jovem cristã e um legionário, apesar da proibição de Cláudio II (século III).

Em maio, o casal vai assumir que querem caminhar juntos e construir uma família.

Margarida diz que a expressão «para sempre» não é um peso; David fala numa responsabilidade.

“É uma responsabilidade. E eu acho que acima de tudo temos a consciência da seriedade que essa frase indica. Acho que quem não diz sentir-se assustado, não tem consciência da frase que é porque assusta, mas é algo que faz sentido no nosso caminho”, indica.

“Disseram-nos uma vez que se no namoro disséssemos mais vezes obrigado e desculpa, os dias tornavam-se mais fáceis. Temos personalidades muito fortes, mas quando ganhamos consciência que este obrigado e esta desculpa fazendo parte do nosso dia-a-dia melhora de facto a forma como nós nos sentimos, é uma máxima procuramos seguir”, acrescenta Margarida.

A conversa com Margarida Silva e David Alvito vai estar no centro do programa ECCLESIA, emitido na Antena 1, este sábado pelas 06h00.

LS

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