Estes mártires foram beatificados pelo Papa Pio IX, em 11 de Maio de 1854.
As dioceses portuguesas celebram hoje, 17 de Julho, a festa dos Beatos Inácio de Azevedo e Companheiros Mártires, vulgarmente conhecidos como "Mártires do Brasil". Trata-se de 40 jovens jesuítas, quase todos entre os 20 e os 30 anos de idade, que se dirigiam de barco para o Brasil, a fim de ajudar na sua evangelização, mas que, nas Ilhas Canárias, foram interceptados por navios de calvinistas que, sabendo que eles eram missionários católicos, os deitaram ao mar. Era o dia 15 de Julho de 1570. Chefiados pelo Padre Inácio de Azevedo, 32 eram portugueses e oito espanhóis.
Com vista à sua canonização, cada um destes Mártires "merece a memória, a devoção, a imitação e a homenagem dos seus conterrâneos, que, por sua vez, se devem sentir orgulhosos deste seu glorioso antepassado, reconhecido pela Igreja Universal" – sublinha o Pe. João Caniço sj, vice-postulador da causa de canonização destes beatos.
Estes mártires foram beatificados pelo Papa Pio IX, em 11 de Maio de 1854. Para a sua canonização, é condição necessária que o seu culto seja reconhecido como permanente entre o povo cristão. "Mas será melhor ainda se, por seu intermédio, Deus manifestar a sua intervenção, através de um milagre autêntico. Para isso, vamos pedir a Deus a canonização destes jovens e heróicos missionários, modelos para a nossa juventude" – afirma
Sugestões
Sugerem-se algumas iniciativas possíveis em cada uma destas localidades: – venerar uma imagem do seu Beato (ou dos 40) numa capela ou numa igreja; – dar o seu nome a uma rua, praça ou outro local público; – dar o seu nome a uma instituição escolar, cultural ou religiosa; – dedicar uma capela, igreja ou paróquia à sua protecção; – celebrar a sua festa com novena ou pelo menos com missa solenizada e pregação; – dispor de um escrito com a sua vida ou resumo dela, para distribuir; – instituir uma "associação" ou um "grupo" de jovens dedicados ao Beato, estudando a sua vida, promovendo iniciativas em sua honra.
Os 32 portugueses provinham das seguintes 25 terras:
Alcácer do Sal – Francisco de Magalhães
Alcochete – Manuel Rodrigues
Borba – Domingos Fernandes
Braga – Brás Ribeiro e João Fernandes
Bragança – Nicolau Dinis
Celorico da Beira – Manuel Fernandes
Ceuta – Manuel Pacheco
Chacim – Bento de Castro
Chaves – Pedro de Fontoura
Covilhã – Francisco Álvares
Elvas – Aleixo Delgado e Álvaro Mendes
Entre-Douro e Minho – João Adaucto
Évora – Luís Correia e Luís Rodrigues
Estremoz – Manuel Álvares
Fronteira – Pedro Nunes
Lisboa – João Fernandes
Marco de Canaveses – Amaro Vaz
Montemor-o-Novo – António Fernandes
Nisa – Diogo Pires (Mimoso)
Ourém – Simão Lopes
Pedrógão Grande – Diogo de Andrade
Porto – Inácio de Azevedo, Gonçalo Henriques, Simão da Costa, António Correia e Gaspar Álvares
Santa Maria da Feira – Marcos Caldeira.
Trancoso – António Soares
Viana do Alentejo – André Gonçalves
Por dioceses: Évora – 10; Porto – 8; Guarda – 3; Braga – 2; Bragança – 2; Coimbra, Ceuta, Leiria, Lisboa, Portalegre, Setúbal e Vila Real – 1 em cada uma.
Com Pe. João Caniço, SJ