Foi recentemente aprovado pelo Secretariado Nacional da União das Misericórdias Portuguesas (UMP) o “Dia do Património das Misericórdias”, celebrado a 1 de Julho.
A iniciativa visa promover um momento privilegiado de reflexão sobre o trabalho desenvolvido e ao mesmo tempo de definição de estratégias para o futuro.
Em declarações ao Voz das Misericórdias, o responsável pelo Gabinete do Património Cultural da UMP, afirmou que “o trabalho que temos vindo a desenvolver junto das Misericórdias justifica, neste momento, um olhar atento e crítico para avaliar as dificuldades e perspectivar novas orientações estratégicas no que ao Património das Misericórdias diz respeito”.
Este encontro com os responsáveis das Misericórdias será organizado com três objectivos essenciais, explicou. “Apresentar o trabalho realizado e o que está em curso, colocar à reflexão a dinâmica do Gabinete e as suas relações com as entidades do Estado e por último aprovar medidas que, em consenso, permitam avançar com um programa coerente e determinado, sendo que assumirá especial destaque neste evento, a discussão sobre as linhas orientadoras da gestão do património cultural em cada Misericórdia”.
Importa igualmente, continuou, “olhar para o património das nossas Misericórdias como potencial elemento catalisador de desenvolvimento económico e social”. Para Mariano Cabaço, divulgar convenientemente o património e dinamizar programas de actividades sociais são áreas prioritárias na abordagem que importa fazer.
“Havendo consciência que o património é elemento indispensável para o prestígio e identidade das Misericórdias, importa criar instrumentos que permitam valorizar esse capital histórico, único da cada instituição. Neste Dia do Património das Misericórdias tentaremos projectar o futuro, alicerçados no trabalho já feito e sobretudo em testemunhos de boas práticas.”
O evento será ainda valorizado com a apresentação de duas edições sobre a arte e a documentação das Misericórdias.
Ainda no âmbito da dinamização do património, a UMP convidou recentemente 15 pintores da Cooperativa Árvore para que preparem obras sob o tema das 14 obras de misericórdia, assim como da Nossa Senhora das Misericórdias, que representará o primeiro lote da produção.
O objectivo desta iniciativa é retomar uma prática que durante séculos fez parte do quotidiano das Misericórdias, ou seja, a encomenda de trabalhos junto de artistas de renome.
Com isso, a UMP espera começar a aumentar o espólio de arte contemporânea nas Santas Casas, que representa uma ínfima percentagem de todo o espólio até ao momento inventariado pelo Gabinete do Património Cultural.
Com Voz das Misericórdias