Dia do Consagrado

A partir de 1997, estabeleceu-se que a Jornada Mundial da Vida Consagrada seria vivida a 2 de Fevereiro. Indicação dada por João Paulo II após a publicação da Exortação Apostólica Pós-sinodal «Vita Consecrata» de 25 de Março de 1996. O documento – que trata da vida consagrada e a sua missão na Igreja e no mundo – realça que “ao longo dos séculos nunca faltaram homens e mulheres que, dóceis ao chamamento do Pai e à moção do Espírito, elegeram este caminho de especial seguimento de Cristo, para dedicar-se a Ele com coração ‘indiviso’ (1 Co 7, 34)”. O papel da vida consagrada na Igreja “é tão notável que decidi convocar um Sínodo para aprofundar o seu significado e as suas perspectivas em ordem ao novo milénio, já iminente”. Na Assembleia sinodal – ao lado dos Padres – estiveram também presentes um número considerável de pessoas consagradas, “a fim de não faltar a sua contribuição para a reflexão comum” – sublinhou o antecessor de Bento XVI. Também neste mesmo dia 2 de Fevereiro (hoje) a Igreja celebra a Festa da Apresentação de Jesus no Templo. Festa que remonta ao século IV – existem testemunhos históricos – onde Maria, em obediência à lei, se aproximou do Templo aos quarenta dias do nascimento de Jesus para apresentá-lo ao Pai e para cumprir com o rito da própria purificação. Foi o primeiro «encontro oficial» de Jesus com o seu povo. Daí que esta festa, nas Igrejas ortodoxas, seja chamada «o Santo Encontro» («hypapantè») do Senhor. Apesar da tradição, esta festa só assume um significado eminentemente cristológico com a Reforma Litúrgica de 1966. Na mensagem para este dia e subordinada ao tema «Testemunhas da presença e do amor de Deus» , o presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios, D. António Francisco dos Santos, realça que os consagrados e as consagradas “têm a tarefa de ser testemunhas da presença transfiguradora de Deus no mundo”. E acrescenta: a sociedade do nosso tempo procura sinais credíveis, ousados e luminosos do Evangelho. Num reino de “mediocridade e de vazio, num tempo de recusas fáceis e frequentes da verdade e da exigência e numa sociedade a braços com a falta de compromissos estáveis e de fidelidades fecundas, o seguimento de Cristo na vida consagrada abre caminhos felizes de radicalidade evangélica, de renúncia e de desapego, de liberdade e de encanto, de coragem e de dom” – refere o Presidente da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios. A vocação à vida consagrada continuará “a florescer em Portugal, não tanto pela abundância dos números mas pela autenticidade da resposta ao chamamento de Jesus, o Mestre, pela verdade dos compromissos evangélicos assumidos e pela riqueza dos carismas, recebidos e multiplicados. A exemplo de Maria, ao apresentar e consagrar o Seu Filho no Templo do Senhor, “também os consagrados e consagradas renovam a esperança deste mundo envelhecido e tantas vezes cansado de esperar e anunciam tempos novos, com «novos céus e novas terras»” – concluiu D. António Francisco Santos. Mais Informação • Dossier sobre a Vida Consagrada •Dia do Consagrado

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