Bispo das Forças Armadas e de Segurança presidiu a cerimónia no Mosteiro da Batalha, evocando 107.º aniversário da Batalha de La Lys







Batalha, 09 abr 2025 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e de Segurança admitiu hoje, na celebração do Dia do Comabtente, que a Europa enfrenta “desafios complexos no campo da Defesa”, pedindo compromissos em favor da paz.
“Novas ameaças, novas formas de guerra, a fragilidade de alianças, e o risco de se perder o sentido humanista do projeto europeu. Mas não podemos esquecer que a paz e a liberdade são frágeis. Precisam de ser cuidadas, defendidas, promovidas com responsabilidade”, indicou D. Sérgio Dinis, na homilia da Missa que integrou as cerimónias comemorativas do 107.º aniversário da Batalha de La Lys e do Dia do Combatente, no Mosteiro da Batalha.
“A Defesa Europeia deve ser mais do que um sistema militar: deve ser expressão da nossa unidade, da nossa memória comum e do compromisso com a dignidade humana”, acrescentou, numa intervenção enviada à Agência ECCLESIA.
A comemoração incluiu uma cerimónia militar evocativa e a deposição de uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido, na Sala do Capítulo.
“Nesta Homenagem ao Soldado Desconhecido, evocando o Dia do Combatente, fazemos silêncio diante do mistério da coragem anónima, da fidelidade sem nome, do sacrifício escondido de tantos homens e mulheres que deram a vida pela pátria, pela paz, pela liberdade dos povos”, referiu D. Sérgio Dinis.
O fogo das guerras, das tensões internacionais, da ameaça à paz, da instabilidade política e económica na Europa e no mundo — tudo isso continua a ser uma fornalha ardente. E, mesmo assim, há quem caminhe dentro dela com firmeza, com fé, com lealdade”.
O responsável católico pediu que o exemplo dos combatentes inspire responsáveis militares, políticos e da sociedade civil a ser “promotores da paz”.
“O Soldado Desconhecido não é um sem rosto – é, pelo contrário, o rosto de todos os que, com humildade, se tornaram semente de um mundo mais justo, mesmo que à custa da própria vida. A sua memória convida-nos a sermos também nós guardiões da liberdade, defensores da dignidade humana, promotores da paz”, disse o bispo do Ordinariato Castrense de Portugal.
A celebração contou com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República Portuguesa, membros do governo, incluindo o ministro da Defesa, Nuno Melo, e responsáveis militares.
OC