Núncio apostólico, D. Ivo Scapolo, decano do Corpo Diplomático, presente nas comemorações, em Lagos
Faro, 09 jun 2025 (Ecclesia) – O bispo do Algarve afirmou hoje que a comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (10 de junho), em Lagos “é muito oportuna”, uma escolha que “honra como algarvios”, e uma ocasião de reflexão.
“Naquilo que nos diz respeito, pensando sobretudo em quantos nos visitam, sejam nacionais, sejam estrangeiros, todos os anos, e esperamos também este ano, porque passa por aí a vitalidade desta nossa região algaravia. Em primeiro lugar, aquilo que mais desejaríamos, eu como bispo também, é a segurança das pessoas, no que diz respeito à saúde”, disse D. Manuel Quintas, em declarações à Agência ECCLESIA.
O bispo do Algarve observou que partilham “as dificuldades nacionais”, e estão conscientes que “não é fácil resolver as situações”, não está “a dar recado a nenhum”, mas lembra que esta região, nos meses de verão, “não só duplica, alguns dizem que triplica, a população habitual”, e é preciso “garantir essa segurança também na saúde, mas não só”, para que as pessoas que “se sintam bem, se sintam protegidas, até melhor do que se estivessem nos seus países”.
“É isso que nós pretendemos, para depois voltarem a escolher-nos como espaço onde se pode, de facto, descansar, temperar as forças, recuperar a saúde. É assim que nós olhamos para estes meses de verão, e a nossa preocupação como algarvios, e também como Igreja algaravia, é acolher, que toda esta gente se sinta acolhida, se sinta integrada, que possa conhecer-nos melhor também do ponto de vista humano, do ponto de vista cultural, do ponto de vista eclesial, religioso, tomando contato com o nosso património”, desenvolveu.
“A primeira coisa, o meu grande desejo era isso, que a celebração deste dia nos ajudasse a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para acolhermos ainda melhor aqueles que nos visitam e que eles se sintam seguros e protegidos a um nível da saúde.”
Segundo o responsável católico, para isso “contam muito” as intervenções que estão projetadas há muito tempo, como “o famoso Hospital Central em Faro”, “um problema que se arrasta já há muitos anos”, e salienta que “é um desejo” do povo algarvio que possa ser “melhor assistido na saúde, naturalmente pensando também naqueles que visitam”.
D. Manuel Quintas referiu também a rede viária, às estradas, para assinalar o “esforço, sobretudo na requalificação, por exemplo, da 125” [Estrada Nacional], que diminuiu os acidentes, sobretudo nesta parte aqui da Vila do Bispo-Faro, espera que “continue também a outros troços da parte do sotavento, que virão facilitar muito a deslocação”, e lembrou o “fim das portagens na Via do Infante” (A22), que foi “um benefício muito grande para quem a utiliza praticamente todos os dias”, como é o seu caso.
“Gostaríamos que o facto de serem sido extintas as portagens não significasse a ausência de melhoramentos, e sobretudo de uma assistência mais permanente àquela que é a Via do Infante, que passou a ser a nossa nova 125, que é fundamental para o desenvolvimento, é fundamental para a circulação automóvel, transportes, para a vida do dia-a-dia”, acrescentou o bispo do Algarve, que não se referiu a “outras áreas nacionais”, como a “educação”.
29 anos depois, as comemorações do Dia de Portugal regressam a Lagos, a primeira vez foi no 10 de Junho de 1996, promovidas pelo presidente da República Jorge Sampaio.
O bispo diocesano, D. Manuel Quintas, também participa no seu segundo Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas no Algarve, após as comemorações presididas por Aníbal Cavaco Silva, no dia 10 de junho de 2010, em Faro.
“Eu gostaria que este 10 de junho nos ajudasse, por um lado, a celebrar, a sentir-nos mais e melhor portugueses, e, sobretudo, mais e melhor hospitaleiros com aqueles que nos visitam, criando as condições para que possam visitar-nos sempre mais, e possam criar o gosto e a alegria de passar férias em Portugal, e concretamente aqui na região do Algarve.”
O Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2025, que têm como presidente da comissão organizadora a escritora algarvia Lídia Jorge, a nível internacional vão continuar com a comunidade portuguesa em Macau, mas começaram na Alemanha, nos dias 7 e 8, respetivamente em Estugarda e em Munique, onde a seleção nacional A de futebol masculino jogou, e venceu, a final da Liga das Nações da UEFA.
 A Diocese do Algarve destacou a presença do núncio apostólico em Portugal, o representante diplomático da Santa Sé, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, no jornal ‘Folha do Domingo’. D. Ivo Scapolo, de 71 anos, é o decano do Corpo Diplomático em Portugal, foi nomeado como núncio apostólico para Portugal, pelo Papa Francisco, no dia 9 de agosto de 2019. As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 2025, em Lagos, começaram com a cerimónia militar do hastear da Bandeira Nacional, e a visita à Expo das Forças Armadas, às 13h00, segundo a agenda do presidente da República Portuguesa, a apresentação de cumprimentos do Corpo Diplomático acreditado, realiza-se às 19h00, na Praça Infante D. Henrique. No dia 23 de maio, a Nunciatura Apostólica em Portugal, a Santa Sé e a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), informaram que o Papa Leão XIV aceitou a renúncia do arcebispo italiano ao cargo de representante diplomático da Santa Sé em Portugal; D. Ivo Scapolo planeia “deixar Portugal definitivamente entre o final de junho e o início de julho”. “Vamos passar estes dois dias juntos. Naturalmente, quero acolhê-lo bem, quero que ele se sinta bem, e que a sua, possivelmente, última visita à Diocese do Algarve, possa levar uma grata recordação de nós”, disse D. Manuel Quintas, momentos antes de se encontrar com o núncio apostólico, no centro pastoral em Ferragudo, uma das casas da diocese. |
CB/OC