Dia de Oração pela Vida Contemplativa

Subsídios foram produzidos pelas religiosas Clarissas de Monte Real e pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios

O Dia de Oração pela Vida Consagrada Contemplativa, que a Igreja assinala a 30 de Maio, vai poder ser celebrado pelas comunidades católicas com uma reflexão sobre o tema e textos específicos para as missas que ocorrem naquele Domingo.

Os conteúdos, acessíveis pela Internet, foram elaborados pelas religiosas Clarissas de Monte Real e pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, presidida pelo bispo de Aveiro, D. António Francisco dos Santos.

O título dos dois cadernos – “Vinde Comigo a um lugar apartado” – recorda o convite que Jesus dirigiu àqueles que viriam a ser seus discípulos, para que deixassem as suas ocupações e se recolhessem com ele num espaço afastado e, ao mesmo tempo, íntimo e reservado.

A reflexão divide-se em quatro alíneas: “Experiência amorosa”, “Antecipação escatológica”, “Células vivas do coração da Igreja” e “Actualidade da vida contemplativa.

Os mosteiros, explica o texto, são lugares onde os religiosos “podem fazer silêncio, escutar a Palavra [de Deus], fazer uma verdadeira experiência do amor” e “centrar o coração no essencial”, reproduzindo a “relação íntima” que Jesus teve com o Pai, ao mesmo tempo que actualizam a vida de Maria que, segundo a Bíblia, “tudo guardava e meditava em seu coração”.

A meditação sublinha que os contemplativos renunciam aos bens materiais para melhor se unirem a Deus, na convicção de que ele é a realidade fundamental de todas as coisas.

Por outro lado, os religiosos manifestam a antecipação de uma comunhão que, segundo a sua fé, se vai tornar plena após o fim do mundo, quando a única dimensão da existência for a relação com Deus.

Para acentuar que a vida contemplativa é uma parte pequena mas essencial da Igreja, as Clarissas de Monte Real recorrem à imagem do coração, “pequeno mas vigoroso músculo que trabalha escondido no interior, bate silenciosamente e leva a vida a todo o lado”.

Referindo-se à pertinência da contemplação, o texto sublinha que a humanidade “vive voltada para o que é terreno e efémero” e por isso “precisa do contraponto das mãos e corações totalmente levantados para o alto”.

Os religiosos, assinala o texto, sabem que optam “pela lógica da não-eficiência” e da “não-espectacularidade”, tornando-se simultaneamente “desapegados de tudo o que escraviza e tira a liberdade”.

A oração dos contemplativos, frisa a reflexão, não é fechada ao mundo porque tem presente “os grandes dramas e sofrimentos, os anseios de todos os homens” e os “passos errantes” daqueles que “teimam em não regressar” a Deus.

O segundo caderno – “Sugestões para a liturgia” – inclui um texto introdutório, três preces que podem ser proferidas na oração universal – parte da missa em que os fiéis pedem a Deus pelas necessidades da Igreja e do mundo – e uma prece dirigida a Maria em favor dos religiosos contemplativos.

Ficheiros para transferência
Vida religiosa contemplativa – Reflexão
Vida religiosa contemplativa – Sugestões para a Liturgia

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