Dia da Mulher: Trabalhadores Cristãos alertam para violência provocado pelo «machismo» e «patriarcado»

«Cada passo, cada ação, por menor que seja, faz parte dessa longa história pela igualdade e libertação das mulheres», assinala a mensagem escrita por duas mulheres do movimento mundial no Brasil

Lisboa, 08 mar 2023 (Ecclesia) – O Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos (MMTC) assinala hoje o Dia Internacional da Mulher com uma mensagem que alerta para o “machismo, a violência, o patriarcado”.

“Muitas mulheres, hoje, no mundo são vítimas da opressão, do confinamento porque são mulheres, como no Afeganistão. No Irão, é todo um povo de mulheres e homens que se levanta e luta, com coragem e determinação, apesar da sangrenta repressão por igualdade e democracia”, lê-se na nota do MMTC, partilhada pela Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal.

O Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos salienta que as primeiras vítimas das guerras e da violência no mundo “são sempre mulheres e crianças”, e, em zonas de guerra, a violação é usada “como arma de guerra para destruir as mulheres e escravizá-las”.

Contando com as conquistas passadas, devemos continuar a lutar, pois a luta está longe de terminar. Cada passo, cada ação, por menor que seja, faz parte dessa longa história pela igualdade e libertação das mulheres”.

A mensagem, escrita por duas integrantes do MMTC no Brasil, assinala que as mulheres “também têm o seu lugar na segurança pública e no combate à violência”, incentivando a falar para toda a sociedade, porque cada um deve ocupar o seu lugar para construir juntos e em pé de igualdade “um mundo melhor, um mundo como as mulheres de Petrogrado proclamaram em 8 de março de 1917”, iniciativa conhecida como ‘Pão e Paz’, que juntou “mais de 90.000 mulheres para exigir melhores condições de trabalho, de vida”.

O documento do MMTC assinala também que, em vários países, testemunham “a ascensão de mulheres” que ocupam lugares de decisão que eram “reservados aos homens”, mulheres fortes e inteligentes “assumindo grandes responsabilidades, abrindo espaço para outras mulheres”, e possibilitando o desenvolvimento e crescimento da sociedade como um todo”.

Apesar destes avanços, a luta está longe de terminar. O machismo, a violência contra a mulher, o patriarcado, ainda estão muito presentes”.

Na mensagem, o MTC do Brasil, recorda “o quanto na história as mulheres sofreram e ainda sofrem”, mas também demonstram que, “apesar dos obstáculos, lutam com determinação e coragem para alcançar o seu ideal de paz e justiça”.

O Movimento Mundial dos Trabalhadores Cristãos indica, pelo Dia Internacional dos Direitos da Mulher, que na Bíblia, em Efésios 5,22-28, “a subordinação da mulher está claramente ligada ao papel de auxiliadora”, e o homem deve amá-la como ama a si mesmo, e no Evangelho, qie se vai ouvir este domingo nas celebrações, “Jesus quebra um tabu na conversa com a samaritana no poço de Jacó”, e as suas palavras “provocam na mulher uma verdadeira libertação”.

“Nasce uma nova mulher que ousa ir além dos preconceitos e das tradições para testemunhar o que viveu neste diálogo com Jesus”, salienta, a mensagem publicada no sítio online da Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos de Portugal.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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