Dia da Mãe: «Tivemos o nosso primeiro filho através da adoção» – Inês Vaz-Pinto

Nos planos do casal sempre constou a ideia de serem pais tanto de filhos adotivos como biológicos

Lisboa, 04 mai 2024 (Ecclesia) – Inês Vaz-Pinto, de 31 anos, e Nuno Vasconcelos e Sá, de 33, desde “sempre” tiveram presente a possibilidade de vir a adotar uma criança, um desejo que acabaram por realizar em 2022, tornando-se pais pela primeira vez.

“Sempre pensámos em ter filhos tanto adotivos como filhos biológicos. Para nós, fazia tudo parte do nosso projeto de família. E, por isso, mal pudemos candidatar-nos à adoção fizemo-lo. Acho que fomos o casal mais novo, pelo menos nos últimos anos, a candidatar-se à adoção”, testemunha Inês, em entrevista à Agência ECCLESIA.

A decisão foi refletida “durante muitos anos”, “primeiro em conversas no namoro” e “depois já recém-casados”.

“Foi algo que foi sendo pensado e conversado. Mas, ao mesmo tempo, a verdade é que nós não tínhamos ainda filhos biológicos. E, portanto, tivemos o nosso primeiro filho através da adoção. Diria que, ao mesmo tempo, há ali um grau de incerteza, porque nunca tínhamos sido pais”, explica.

Até serem pais de uma criança de cinco anos, Inês e Nuno esperaram dois anos e meio, um processo que Inês reconhece não ter sido “muito longo”: “Como nós tínhamos uma candidatura de adoção bastante aberta, foi um processo até bastante rápido”, refere.

Para a diretora de Marketing e Comunicação, o maior desafio durante este período foi a ansiedade de gerir quando é que iriam receber a notícia tão aguardada de que havia uma criança que fazia correspondência com o casal.

“Nós recebemos a chamada, recebi eu chamada, não atendi e depois ligaram para o meu marido informando que havia uma criança que fazia este match connosco, como família. Havia uma criança que tinham encontrado no sistema que nos queriam apresentar. Foi um momento de grande emoção. Imagino que, equiparado ao momento em que uma família descobre que vai ter um filho biológico, de muita emoção e de muita vontade de ter mais informação”, salienta.

Inês Vaz-Pinto, que considera ser uma pessoa bastante racional e calma, conta que só caiu na realidade de que se tornaria mãe, instantes antes de conhecer o filho, momento em que não segurou as lágrimas.

“E foi muito emocionante e muito bonito. Veio a correr ter connosco, inicialmente muito tímido, que hoje em dia não é nada, e veio a correr ter connosco e agarrou-se a nós e agarrou-se e ficou. É o nosso filho. E uma das outras pessoas que estava na sala perguntou: “Quem é que são estes?” E ele respondeu logo: ‘a mãe e o pai’”

Inês Vaz-Pinto

A dinâmica familiar “mudou completamente” para “muito melhor, muito mais exigente”, tal como “qualquer casal que tenha um filho pela via biológica”, destaca Inês, que revela que os primeiros tempos foram vividos em licença de maternidade e paternidade, em casa, com “muitos passeios e aventuras em família”, surgindo depois a fase de apresentação à família.

“É exigente, claro que sim, há muitos desafios, educar nem sempre é fácil, mas é muito, muito bom e ao fim do dia compensa muito e, realmente, os nossos filhos tornam-nos pessoas melhores, mais pacientes, mais compreensivas, mais empáticas”, destaca.

Inês Vaz- Pinto diz que “não há dúvidas de que o amor de uma mãe e de um pai fazem toda a diferença na vida de uma criança”, mencionando que, desde 2022 até agora, o filho está “muito mais desenvolvido”, “conseguiu desenvolver todas as vertentes que se calhar estavam um bocadinho em atraso e conseguiu crescer não só em maturidade, mas também no desenvolvimento da fala”.

No primeiro domingo do mês de maio, este ano no dia 5, celebra-se o Dia da Mãe, uma data que Inês celebrou pela primeira vez no ano passado.

“O meu primeiro Dia da Mãe foi o ano passado e foi um dia bonito, foi a primeira vez que eu recebi um desenho do Dia da Mãe. Foi vivido com emoção e emoldurei o desenho, tenho o desenho pendurado na parede e este ano também vai ser vivido com muita emoção”, sublinha.

Nuno Vasconcelos e Sá caracteriza Inês como uma “mãe muito bem-disposta, brincalhona, sempre à procura do que é o melhor” para o filho e também “sempre preocupada com o desenvolvimento e com o crescimento dele”.

O programa 70×7 deste domingo, transmitido pelas 07h30, na RTP2, vai destacar diferentes formas de viver a maternidade.

LJ/OC

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