Dia da Mãe: Igreja Católica em Portugal lembra maternidade em contexto de guerra

Comissão Episcopal do Laicado e Família evoca ainda mães que exercem papel na ausência dos pais

Foto: Lusa

Lisboa, 05 mai 2024 (Ecclesia) – A Comissão Episcopal do Laicado e Família (CELF) escreveu uma mensagem para o Dia da Mãe, que se celebra hoje, evocando a maternidade em contexto de guerra.

“Em tempos de Paz frágil ou mesmo de países em guerra, lembramos com intensa solidariedade, todas as Mães em territórios exacerbados de violência, em campos de refugiados, em fugas de emergência, em migração forçada e, pior ainda, em luto por filhos perdidos neste contexto desumano”, pode ler-se no texto enviado à Agência ECCLESIA.

A CELF afirma que “celebrar o Dia da Mãe, no mês de maio, mês das flores e do coração, é lembrar Maria, aquela que acolheu sempre as preces de todas as Mães sofridas pelos desgostos da vida – dias de sal – ou exultantes pelas alegrias que ao longo do caminho surgem como flores de Esperança – dias de sol!”.

Os bispos católicos assinalam que “todas as mães têm direito ao apoio de todos”, referindo que se tivessem “que sublinhar o acréscimo de apoio a algumas Mães”, evidenciariam “as mais pobres, as mais sós, aquelas que têm de ser mãe e pai”.

“Como não admirar as Mães que tiveram de enfrentar todas as dificuldades sem a presença responsável e comprometida dos pais? Como não valorizar a Mães que por adoção deram vida por filhos não biológicos mas de coração? Como não exaltar a heroicidade das Mães que pela morte de seu cônjuge ou companheiro, enfrentaram na solidão a criação e educação dos seus filhos?”, questionam.

O texto evoca que, para os cristãos católicos, “o Dom da Maternidade surge do coração de Deus, Ele que é Pai e Mãe, e modelou na Virgem Maria de Nazaré toda a beleza e ternura da Maternidade Divina”.

“Através d’Ela, Deus tornou-se próximo de cada um de nós, fez-se um de nós. Por isso, na maternidade de cada mulher podemo-nos encontrar com a nascente da vida e com o autor da Vida. No Amor de cada Mãe aproximamo-nos de modo eloquente do Amor de Deus por cada um de nós”, destaca.

A Igreja Católica em Portugal destaca que não há dúvidas de que “o Amor de Mãe é a mais perfeita metáfora do Amor de Deus”.

Os bispos católicos portugueses fazem ainda referência aos 50 anos do 25 de Abril, agradecendo “a Deus, por meio da Mãe de Jesus, pelo Dom da Paz” que é possível continuar “a experimentar” no país.

“Que as Mães renovem nos corações valores de respeito, tolerância e Paz, e que nos demostrem pelo seu exemplo e afeto que todos somos filhos, portanto, irmãos. Que prossigam na defesa da dignidade de cada Ser Humano na riqueza das suas diferenças e na diversidade das suas raças, culturas, credos e talentos”, apelam.

No final do texto, o organismo da Conferência Episcopal Portuguesa manifesta “renovada gratidão” a todas as mães.

“Pedimos à Mãe das Mães a sua intercessão a fim de as auxiliar na grandeza da sua Missão e para que em todos os filhos desperte a correspondência do reconhecimento e do compromisso no Bem das suas extremosas Mães”, conclui.

O Dia da Mãe celebra-se atualmente, em Portugal, no primeiro domingo de maio.

LJ

 

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