Dia da Mãe: Maria e Miguel Sepúlveda são família de acolhimento de bebés, um «elemento agregador» entre todos

Casal acolhe há quatro meses o quarto bebé, numa casa onde vivem mais cinco crianças e um jovem

Lisboa, 03 mai 2024 (Ecclesia) – Maria e Miguel Sepúlveda são pais de três filhos, cuidam de três sobrinhos e são família de acolhimento de bebés, que garantem ser um “elemento agregador” entre todos.

“Este é o quarto bebé que nós acolhemos. Já acolhemos dois rapazes e uma rapariga, e agora é também uma rapariga pequenina, que também vai ser adotada”, explica Maria, de 46 anos.

O casal conheceu-se quando os dois eram voluntários na associação Candeia, que anima crianças que vivem em casas de acolhimento, e depois de casados decidiram dar algum apoio pontual a estes jovens, até que começaram a pensar numa forma de ser mais ativos nesta missão.

“Conhecemos esta medida do acolhimento familiar e fez-nos todo o sentido uma vez que achámos que, enquanto família, poderíamos ser uma boa resposta para estas crianças e para estes jovens que temporariamente estão afastados das suas famílias”, conta Maria Gaivão Sepúlveda.

Em 2019, o casal apresentou à Santa Casa da Misericórdia a candidatura para serem família de acolhimento, passando depois por um processo de seleção e avaliação, em que foi tido em conta o perfil da criança a ser acolhida.

Com o quatro bebé em casa há quatro meses, Maria revela que “é duro”, quando um dos menores acolhidos é entregue para a adoção, no entanto “a alegria da entrega supera muito a saudade”.

“Nós temos tido uma sorte imensa que nós não perdemos o contacto com estas crianças, nós continuamos a ir às festas de anos, a saber notícias, as famílias também nos cuidam muito de nós, e temos tido aqui uma sorte imensa, e isto também nos acalma muito o coração”, salienta.

Um dos indicadores que levam o casal a perceber que estão prontos para acolher mais uma criança são os pedidos dos filhos e sobrinhos.

“É engraçado também ver que já são os nossos filhos que nos pedem e é aí que nós percebemos: ‘Olha, ele já está preparado para receber outra criança’, porque todos nós temos timings diferentes e todos nós vivemos a saída dos miúdos de nossa casa de maneiras diferentes e temos que respeitar os tempos diferentes de cada um”, refere Miguel Sepúlveda.

Maria Gaivão Sepúlveda

Maria e Miguel Sepúlveda foram família de acolhimento do primeiro bebé durante seis meses, do segundo por um período de um ano e dois meses, do terceiro durante seis meses, e acolhem o quarto há quatro meses, desejando dar continuidade a este projeto de família.

“Enquanto nós nos sentirmos uma boa resposta para estes miúdos e as equipas técnicas também o considerarem, acho que sim, acho que é uma missão para a vida”, confirma Maria.

Em Portugal, o Dia da Mãe assinala-se no primeiro domingo de maio, este ano no dia 5.

Para Miguel Sepúlveda, Maria é um “exemplo de mãe”, que “nasceu para cuidar” e “olhar pelos outros”: “Isto sempre foi uma prioridade na vida da Maria e ela faz saber isso a toda a gente com quem se cruza”.

Os testemunhos de Maria e Miguel Sepúlveda vão estar em destaque no programa 70×7 dedicado ao Dia da Mãe, transmitido este domingo pelas0 7h30, na RTP2.

LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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