«Deus queira que o Papa traga alguma coisa para a minha vida»

A duas horas e meia da chegada, uma das principais avenidas por onde Bento XVI vai passar em Lisboa tem o trânsito livre de engarrafamentos

A duas horas e meia da chegada de Bento XVI a Portugal, a Av. dos Estados Unidos da América, uma das primeiras artérias por onde o Papa vai passar em Lisboa, apresenta o movimento habitual de um dia de trabalho.

Além da polícia, com agentes em cada quarteirão à entrada dos acessos laterais, poucas são as pessoas que passam pela avenida e ninguém aguarda pela passagem do “papamóvel”.

Os parques de estacionamento estão limpos de automóveis, com o acesso impedido por fitas da PSP nos dois lados da artéria.

“Tenho pena de não ver o Papa”, diz Maria de Fátima Ferreira, de 41 anos, que aguarda sentada numa paragem de autocarro a hora de entrada no emprego.

“Adorava muito João Paulo II mas também gosto muito deste Papa”, garante, para acrescentar logo a seguir: “Emocionei-me quando falaram dele este manhã”.

Maria de Fátima espera que a visita de Bento XVI traga “paz”: “Isto está muito complicado”.

Admite ser uma “católica não muito praticante”, e logo a seguir, como uma prece, afirma: “Deus queira que o Papa traga alguma coisa para a minha vida”.

Um agente da polícia sobe a avenida com o blusão debaixo do braço e um desabafo na ponta da língua: “Desde as seis e meia da manhã – há duas horas – já nos mandaram mudar de fardamento três vezes. É uma autêntica brincadeira”.

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