Primeiro sacerdote «ironman» participou e concluiu a prova em Nice, este domingo, no local do atentado em 2016
Lisboa, 25 jun 2018 (Ecclesia) – O padre Ismael Teixeira concluiu neste domingo o seu segundo “ironman”, em Nice, no local onde decorreu o atentado em 2016, e considera que a Igreja “não pode perder por falta de comparência” no desporto.
O sacerdote do Patriarcado de Lisboa, pároco e capelão universitário, fez o primeiro “ironman” em Copenhaga e criou nessa altura, em agosto de 2016, a marca “ironpriest” por ser o primeiro sacerdote a concluir a prova que inclui três modalidades: 3800m a nadar em mar aberto, 180 km de bicicleta e 42 km a correr.
“A partida da natação e a parte da maratona foi feita no lugar onde foram assassinadas as pessoas, na Promenade des Anglais”, referiu o padre Ismael Teixeira, acrescentando que é um padre que “corre pela paz” e que “matar em nome de Deus é diabolizar o seu nome”.
“Convidaram-me para estar ali, a abençoar e a dizer que Deus é amor em todas as religiões”, sublinhou.
O padre Ismael Teixeira considera que “o desporto é um lugar onde as pessoas treinam a santidade e procuram mais harmonia física e psicológica” e a Igreja “não pode estar ao lado deste púlpito dos tempos de hoje”.
“O desporto é um lugar onde a Igreja não pode perder por falta de comparência. Estejamos no desporto, participemos nas festas ao desporto, seja no mundial como em todos os eventos desportivos”, disse o primeiro sacerdote a concluir o “ironman”.
“Desporto é um lugar de bênção, de santidade, de vida melhor”, acrescentou o padre Ismael Teixeira, recordando o recente texto do Vaticano que apresenta a prática desportiva como o ambiente onde cada um quer “dar o melhor de si”, como indica o título do documento.
A entrevista ao padre Ismael Teixeira sobre o sacerdócio e o desporto foi emitida no programa Ecclesia desta segunda-feira, na RTP2.
PR
