Despertar uma Igreja adormecida e clubista

D. Manuel Martins no encerramento das jornadas Teotonianas “A Igreja actual perdeu muito o seu sentido missionário, é uma Igreja muito parada com que de certo modo adormecida” e ao mesmo tempo “muito clubista” que carece de muita mais “inquietação” defendeu, em Monção, D. Manuel Martins, na sessão de encerramento da edição deste ano das Jornadas Teotonianas (18 a 22 de Fevereiro) cujo debate esteve centrado no voluntariado. O Bispo Emérito de Setúbal confessou mesmo que às vezes quase apetece rezar “creio na Igreja una, santa, católica ,apostólica e adormecida” assim como reconheceu que lhe custa dizer na saudação de despedida da Eucaristia “ide em paz” porque “tudo que ali se celebrou é para se sair “em guerra”, inquietos, com o coração a transbordar de vontade de dizer aos outros a razão da fé e agir em conformidade. Sublinhando que estas iniciativas são um contributo notável para a formação dos cristãos que cada vez mais são chamados a dar razão da sua fé porque, hoje, defendeu o Prelado, “ser cristão significa, em muitos meios, ir contra a corrente”, ora isto, concluiu, “obriga a aprofundar os conhecimentos”. Atenta ao mundo, nas suas dores e anseios, D. Manuel Martins apontou uma “Igreja despojada e pobre”, como aqueles a quem mais se dedica, construtora de “pontes de diálogo” e carrasca de “muros” que impeçam o perdão a fim de ser “descoberta pelo mundo como o rosto materno de Deus”. Calculando que no nossa país os voluntários possam chegar aos 3 milhões e que uma grande maioria se situa na área de intervenção da Igreja, D. Manuel entende que estes podem e devem realizar um forte trabalho na área do “acolhimento e inserção na sociedade” imigrantes que estão a “revitalizar esta sociedade” tratando-os, sempre e em qualquer circunstância, com humanidade.

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