Despertar para a vocação em tempo de férias

Missionários Espiritanos animam actividades de Verão para que os jovens «percebam o seu caminho» Junto ao mar, na Foz do Rio Neiva, em Viana do Castelo, duas actividades orientadas pela pastoral vocacional tomam conta dos jovens nos próximos dias. Nesta semana que agora decorre, juntaram-se cerca de 20 adolescentes. Outra, a decorrer posteriormente, vai congregar 15 jovens que se encontram já mais despertos para as inquietações vocacionais. O tema da vocação é a base da organização destas actividades, mas numa dimensão global, “desde uma perspectiva mais lúdica e descontraída própria de tempo de férias com uma variada animação”, regista o Padre Raúl Viana, responsável pela Pastoral Vocacional nos Missionários Espiritanos. GPS missionário é o mote das actividades. Uma realidade virtual a que actualmente não se pode fugir “e que ajuda a encontrar o caminho certo quando andamos perdidos”, mas que empresta as suas iniciais para as actividades – “Gestos e Passos Solidários”, explica o responsável pela Pastoral Vocacional nos Missionários Espiritanos. Jogos de praia, subidas ao monte organizadas em «caça ao tesouro», são actividades que vão ocupar os participantes, não descurano também uma parte mais formativa. Um casal estará também presente dando o seu testemunho enquanto família e, claramente, da sua vocação matrimonial. A partir de testemunhos, quer de personagens bíblicas mas também através da experiência dos que lhes são próximos, no caso dos missionários espiritanos, juntam-se ao grupo para partilhar experiências de missão e de forma a que os jovens possam perceber na prática a vida religiosa e sacerdotal. Para os mais jovens, nesta actividade destinada a rapazes e raparigas com mais de 16 anos, prevê-se uma caminhada “com mais maturidade pois os jovens já estão mais sintonizados com a pastoral vocacional e encaram-na numa perspectiva mais madura”. Neste conjunto de jovens “os questionamentos vocacionais já surgem, ou através das inquietações para fazer voluntariado ou para fazer mesmo uma caminhada vocacional, mas de uma forma ainda «ligeira»”, explica o Pe. Raúl Viana. A vocação não tem de ser encarada numa atitude apenas de formação e reflexão. Do crescimento integral de qualquer ser humano faz parte a dimensão lúdica. “Se durante o ano nós fazemos encontros mais formativos, em tempo de férias, uma época que apela mais à descontração, é importante perceber que a vocação passa também por ai”, explica o responsável pelas actividades. Habituado a lidar com os jovens em Braga, no Centro Vocacional, onde desenvolve um trabalho junto dos mais novos, o Pe. Raúl Viana aponta que este não é um trabalho fácil. “Há jovens que se deixam tocar, uns com mais profundidade e por isso arriscam em reflectir na sua vocação com mais profundidade, outros apenas ouvem e não reflectem”. A vocação é “muito pertinente hoje” e a pastoral vocacional “não pode ser sujeita a campanhas, mas precisa de uma presença constante que possa ajudar cada um a discernir o seu lugar”, sendo esta “a grande missão da pastoral vocacional”, sublinha.

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