Juntas de Freguesia, agricultores, produtores, comércio, escolas e associações juvenis juntam-se para dinamizar territórios em Ourém
Ourém, Santarém 20 fev 2014 (Ecclesia) – O projeto «aTerra», promovido pela Fundação Fé e Cooperação (FEC) e apresentado esta quarta-feira no auditório da Câmara Municipal de Ourém, vai apostar na formação de novas gerações para o desenvolvimento rural.
Para Ana Patrícia Fonseca, coordenadora do Departamento de Cooperação para o Desenvolvimento e Advocacia Social da FEC, «aTerra» é a possibilidade de “localmente se apostar na sustentabilidade”, seguindo a matriz desta ONGD da Conferência Episcopal Portuguesa através da “formação e do desenvolvimento”.
«aTerra» pretende envolver Juntas de Freguesia, agricultores e produtores, comércio local, escolas e associações juvenis, na dinamização de políticas sustentáveis para o desenvolvimento rural, através de um projeto financiado pelo Programa de Cidadania Ativa/Mecanismo Financeiro do EEA Grants, gerido em Portugal pela Fundação Calouste Gulbenkian, entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2016.
“Não pretendemos inventar nada mas fortalecer os atores locais para, em conjunto, encontrar e reforçar estratégias”, explica à Agência ECCLESIA Margarida Alvim, coordenadora do projeto.
“Esperamos ter dentro de dois anos um grupo de jovens sensibilizados e mobilizados para estes temas apostados em concretizar estratégias sustentáveis na sua própria terra”, adianta a responsável.
Gisela Cid Simões, da empresa municipal Ourémviva, lamenta o “isolamento” dos agricultores que se dividem entre “o regresso à terra e a imigração”.
“Este projeto vai ajudar a atuar melhor e apoiar o regresso à terra de forma mais eficaz”, explica a responsável municipal, tornando-se assim um “apoio sustentável do concelho de Ourém” e “potenciando” áreas de trabalho desconhecidas globalmente.
Para o presidente da autarquia, Paulo Fonseca, desenvolvimento e sustentabilidade significa fixação da população: “Se houver no mundo rural capacidade de sobrevivência, capacidade de vida ativa, se as pessoas se sentirem bem no seu local e concelho, terão menos propensão de sair”.
Miguel Ribeiro Faria, da Unidade de Gestão do Programa Cidadania Ativa da Fundação Calouste Gulbenkian, explica que o projeto, apostado no “fortalecimento da sociedade civil portuguesa, através de organizações não-governamentais”, vai contar com um financiamento de 125 mil euros durante dois anos.
LS