Desenvolvimento: Cáritas Internacional exige estratégia centrada na «dignidade humana»

Assembleia geral em Roma reuniu responsáveis da organização católica em mais de 160 países, incluindo Portugal

Lisboa, 19 mai 2015 (Ecclesia) – Os membros da Cáritas Internacionalis (CI) reforçaram, numa assembleia geral em Roma, a necessidade “de colocar a família humana e a dignidade humana no centro do desenvolvimento”.

No seu site oficial, a Cáritas Portuguesa destaca a intervenção do cardeal Luís António Tagle, novo responsável máximo da CI, que sobre esta questão salientou que “nenhum objetivo deve ser considerado alcançado a não ser que inclua todas as pessoas e grupos sociais”.

Entre 12 e 17 de maio, na capital italiana, centenas de pessoas “de mais de 160 organizações nacionais da Cáritas” debateram a estratégia do organismo católico para os próximos cinco anos.

Para Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, esta assembleia geral reforçou ainda a importância de “cada Cáritas sair de si mesma, trabalhar necessidades e realidades concretas com competência (profissionalismo) e formação de coração”.

“Isoladas e desarticuladas as Cáritas não conseguirão ser o serviço da Igreja para os pobres”, aponta aquele responsável.

Nesse sentido, as conclusões da reunião apontaram “claramente para o aumento das competências de cooperação e comunhão, a todos os níveis, desde o internacional ao paroquial”.

Foi também “unânime a convicção de que as Cáritas não podem estar isoladas ou amarradas a uma forma de se relacionar que esteja centrada em volta de si própria, como acontece agora em muitas situações”, frisou Eugénio Fonseca.

Um exemplo dessa necessária colaboração foi a campanha “uma só família, alimento para todos”, que a CI promoveu em todo o mundo, com o apoio do Papa Francisco, e que em Portugal foi apadrinhada pela Conferência Episcopal Portuguesa.

Para Eugenio Fonseca, tratou-se de um projeto fundamental “não só no alerta para a tragédia que é a fome”, da necessidade “de se praticar uma alimentação equilibrada” ou de combater o “desperdício”.

Foi igualmente positivo pelas muitas “Cáritas diocesanas que se envolveram” nela “promovendo diferentes atividades”, pode ler-se.

CP/JCP

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