Um fragmento do texto bíblico considerado o segundo mais antigo do mundo, o Codex Sinaiticus, foi encontrado por acaso há alguns dias no Mosteiro de Santa Catarina, no sopé do Monte Sinai (Egipto).
A notícia foi avançada pelos jornais “The Independent” e “Daily Telegraph”, tendo grande repercussão em todo o mundo ortodoxo.
O autor do achado, um estudante grego de 30 anos Nikolas Sarris, encontrou o fragmento enquanto pesquisava no mosteiro, para estudos de doutoramento, em obras manuscritas do século XVIII.
Por acaso, Sarris foi um dos encarregados da edição online do Codex Sinaiticus, iniciada no último mês de Julho, por iniciativa da Biblioteca Britânica, pela Biblioteca Universitária de Leipzig e pela Biblioteca Nacional da Rússia, assim como do arcebispo ortodoxo do Sinai, Daminaus, e pelo abade do Mosteiro de Santa Catarina.
Isso permitiu-lhe reconhecer imediatamente a origem do fragmento, pelo tipo de letra e a altura das colunas. A parte encontrada correspondia ao início do livro de Josué, achado que foi confirmado pelo Pe. Justin, bibliotecário do mosteiro.
Por enquanto, o mosteiro não conta com os meios tecnológicos necessários para a investigação.
O Codex é uma Bíblia manuscrita, realizada entre os anos 330 e 350, segundo a tradição, a pedido do imperador Constantino. É considerado o segundo texto mais antigo do mundo, depois do Codex Vaticanus.
Foi encontrado em 1844 pelo téologo Konstantin von Tischendorf, no mosteiro de Santa Catarina. Os monges autorizaram o teólogo a levar para Leipzig apenas 43 páginas do pergaminho.
Em 1859, von Tischendorf voltou ao Sinai, descobriu mais partes do manuscrito e enviou-os para o czar Alexandre II da Rússia, que patrocinou a sua viagem. Em 1933, a União Soviética vendeu parte dos documentos ao Museu Britânico, enquanto a outra parte ficou em S. Petersburgo.
Redacção/Zenit