Desafios da Igreja na Cidade: falar do Evangelho aos mais pobres

Urgência da solidariedade sublinhada na quarta jornada de trabalhos do Congresso Internacional para a Nova Evangelização Os desafios da Igreja nas grandes metrópoles dos nossos dias estiveram no centro da quarta jornada de trabalhos do Congresso Internacional para a Nova Evangelização (ICNE), a decorrer em Paris. O dia de hoje foi dedicado à necessidade de se falar do Evangelho aos mais pobres e da urgência da solidariedade. Os católicos sabem que, ao longo dos séculos, foi a Caridade que marcou a diferença entre os que seguem Jesus, porque os factos falam bem mais alto do que as doutrinas. Em Paris, os três mil congressistas forma hoje confrontados com essa necessidade de voltar ás raízes para testemunhar o Evangelho na Cidade que esqueceu Deus. O Cardeal Ivan Dias, Arcebispo de Bombaim, referiu na conferência da manhã que “a evangelização e a solidariedade são dois pontos fortes da Nova Evangelização, que dizem respeito a todos”. “A Igreja parece estar morta, olhamos à nossa volta e vemos indiferença, esquecimento decadência, mas não, não está morta, está apenas adormecida. É como a Bela Adormecida, está à espera do beijo do Espírito Santo e depois quando acordar será ainda mais formosa”, sublinhou. O prelado utilizou um provérbio chinês para defender que “em vez de maldizer a escuridão, é preciso acender uma vela”. “Este é o desafio da evangelização numa sociedade secularizada, marcada por uma apatia religiosa crescente em relação a Deus e ao próximo”, apontou. Nos trabalhos, que contam com cerca de duas centenas de portugueses, também participou Guilherme de Oliveira Martins, que apelou à urgência da solidariedade “numa sociedade onde a noção do gratuito desapareceu e o conceito de sociedade modesta passou de moda”. A civilização urbana, que o ICNE que enfrentar ao longo desta semana, gera exclusões cada vez mais numerosas. Os representantes das Igrejas da Europa presentes em Paris foram interpelados a “olhar para estas pobrezas e promover acções de solidariedade” O Congresso vai continuar até 1 de Novembro, com as suas celebrações litúrgicas, mesas redondas, concertos e debates, fazendo da capital francesa uma cidade missionária. Amanhã, 29 de Outubro, vai ter lugar o “Dia do Perdão”, com iniciativas abertas também a não-cristãos, a ser celebrado em 40 paróquias que promoverão celebrações de reconciliação.

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