População mundial atingiu sete mil milhões de habitantes, segundo a ONU
Lisboa, 31 out 2011 (Ecclesia) – O chanceler da Academia Pontifícia das Ciências (APC) considera “um disparate” associar o controlo da natalidade à resolução dos problemas provocados pelo aumento da população mundial, que chegou aos sete mil milhões de habitantes, segundo a ONU.
“Não é que não haja água, existe e é abundante e para muito mais habitantes, mesmo que tenhamos já chegado sete mil milhões. Haverá muitos mais e com água para todos. O importante é que alguns não desperdicem os recursos da natureza e se organizem bem”, refere D. Marcelo Sánchez Sorondo, em declarações publicadas esta manhã pela Rádio Renascença.
“É um pouco como o problema da comida, não é que não haja, mas como está mal distribuída acontece que não há comida para todos”, acrescenta o responsável do organismo da Santa Sé.
Segundo o chanceler da APC, por outro lado, é o ser humano que está na base da degradação do clima por via do aquecimento global.
“A principal causa do atual problema da água é precisamente o aquecimento global. Por isso, não gosto falar em termos genéricos nas alterações climáticas, prefiro dizer qual é a causa. Na academia estamos todos de acordo que é um problema muito sério: é um problema de clima antrópico provocado pelo homem”, precisa.
O chanceler da academia marcou presença na abertura do Fórum Mundial Lisboa 21, que decorreu na última semana, preparando a próxima Cimeira da Terra no Rio de Janeiro, Brasil, em 2012.
A Academia Pontifícia das Ciências foi fundada em Roma em 1603, com o nome de Academia dos Linces (da qual Galileu Galilei foi membro), e é composta por oitenta ‘académicos pontifícios’ nomeados pelo Papa, a partir da proposta do corpo académico, sem discriminações de qualquer tipo.
RR/OC