João Paulo II defendeu que o reconhecimento das raízes cristãs da Europa não implica um exclusivismo religioso, mas são “fundamento de liberdade. “É das raízes antigas da Europa, a começar pelas cristãs, que os povos do continente retiraram a linha condutora que os levou até aos confins da terra e a atingir a profundidade do ser humano, da sua intocável dignidade, da fundamental igualdade de todos, do direito universal à justiça e à paz”, referiu o Papa numa mensagem enviada ao XVII encontro da paz organizado pela comunidade de Santo Egídio. Lançando um olhar sobre a actualidade da Europa, João Paulo II destacou o processo de alargamento da UE, recomendando que esta “reencontre esta energia, recuperando a consciência das suas raízes mais profundas.” “Esquecê-las não é salutar; pressupô-las não chega; calá-las torna os corações áridos”, vinca João Paulo II. Segundo o Papa, a Europa será tanto mais forte no futuro quanto mais ligada às fontes das suas tradições culturais e religiosas, “um património que mais uma vez está consagrado ao crescimento de toda a humanidade.”
