Defesa da vida e do matrimónio marcaram peregrinação de Fátima

A defesa da vida e do matrimónio marcaram a Peregrinação Internacional Aniversária de Julho, no Santuário de Fátima, presidida pelo Cardeal James Stafford, Penitenciário-Mor da Penitenciaria Apostólica da Santa Sé. O encontro do 13 de Julho foi subordinado ao tema “Crescei e multiplicai-vos”, prosseguindo a reflexão sobre o tema anual proposto pelo Santuário de Fátima aos peregrinos para 2006: “Guardar Castidade”. Os peregrinos de Fátima rezaram esta manhã pelos que são vítimas do aborto ou da eutanásia; na oração universal, rezou-se também para que os peregrinos “rejeitem qualquer tipo de contracepção”. O Cardeal Stafford sublinhou, na sua homilia, que “a espiritualidade do homem e da mulher casados significa que ambos vivem de acordo com o Espírito Santo”. Esta vida conjugal “de acordo com o Espírito” fundamenta-se, segundo este responsável, “no mistério do Verbo Encarnado, Jesus Cristo, o Esposo da Igreja”. O Cardeal norte-americano explicou aos peregrinos que “a realização concreta deste mistério encontra-se, por exemplo, no matrimónio do primeiro casal a ser beatificado pela Igreja: Luigi e Maria Quattrochi”. “Para o homem e a mulher, que se unem em matrimónio cristão, as implicações são claras: ambos devem empenhar-se em transfigurar aquilo que ao princípio é primariamente um amor de apego físico, o eros, naquela espécie de amor que reconhece ser agarrado por e transformado no amor ‘agape’ de Deus, aquele amor que se esvazia de si mesmo para receber o outro”, frisou, lembrando que esta união é indissolúvel. Na noite de 12 de Julho, o Cardeal recordou que “ a pureza está intimamente associada à dignidade do corpo humano”. Antes, em entrevista ao serviços de comunicação social do Santuário, D. Francis Stafford denunciara que “o imperativo da secularização (no tema da castidade) é afirmar que a Igreja quer o sofrimento e a repressão, mas a Igreja insiste que é baseada na ressurreição do corpo que a castidade deve ser pensada. Só nas comunidades de fé se acredita que a ressurreição é possível pela pureza, pela castidade, pelo respeito pela pessoa humana”. “O grande desafio da Europa é o desafio da socialização, em que homens e mulheres são pais e mães, aceitam a responsabilidade pela sua sexualidade, que tem como fim fazer nascer uma criança, e tudo aquilo que uma criança implica: amor, responsabilidade e estabilidade”, referiu.

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Agência ECCLESIA

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