Defender melhor os bens patrimoniais da Igreja

Defender melhor os bens patrimoniais da Igreja Os responsáveis diocesanos para os bens patrimoniais da Igreja estiveram reunidos, ontem (9 de Março), em Fátima, para encontrarem a melhor forma de preservar e inventariar estes objectos. Em declarações à Agência ECCLESIA, o Pe. João Lavrador, secretário da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, realçou que “algumas dioceses ainda sentem dificuldades ao nível da conservação e do restauro destas obras”. Este iniciativa permitiu “auscultar os representantes diocesanos acerca da experiência de relacionamento com os organismos públicos, nomeadamente os que tutelam o património edificado e a gestão das igrejas como espaços de culto e sua fruição cultural, hoje muito apetecida para manifestações artísticas (concertos, exposições e teatro)” – referiu o Pe. Nuno Aurélio, Director do Secretariado Nacional dos Bens Culturais. O Encontro – teve como tema “Comissão Bilateral Estado-Igreja: missão e cooperação” – contou com a presença dos representantes da Igreja naquele organismo, tendo como objectivo debater e recolher as carências, dificuldades, impasses, bem como as boas soluções experimentadas para a resolução dos problemas que se colocam à Igreja, nas suas diversas e múltiplas instituições, na relação com o Estado e seus organismos. Verifica-se uma dificuldade, ou até incapacidade, do Estado honrar os seus compromissos e obrigações decorrentes quer da classificação do património religioso, quer da missão de salvaguarda do património cultural que a lei lhe confere” – realçou o Pe. Nuno Aurélio. Ao nível da inventariação do património, o secretário da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais sublinhou que as dioceses estão “sensibilizadas para a questão”, apesar “do ritmo não ser igual em todas”.”É fundamental encontrar formas de evitar os roubos” – realçou o Pe. João Lavrador. Com a realização destes encontros, “aprendemos juntos a salvaguardar o património”. Recentemente, a região nordeste da diocese de Coimbra sofreu uma vaga de assaltos a igrejas. “Foram assaltos para roubo de dinheiro e não de objectos de arte sacra” – frisou o Pe. João Lavrador, membro do presbitério de Coimbra. Em duas semanas, vinte igrejas e capelas foram assaltadas. “Algumas estavam seguras mas, outras como não têm população à volta foi mais fácil os assaltos” – finalizou.

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