Decifrando a fé

Enciclopédia Católica Popular Portugal viu ontem nascer um projecto cultural inédito: a Enciclopédia Católica Popular, da autoria de D. Manuel Falcão, Bispo Emérito de Beja e membro da Comissão Episcopal das Comunicações Sociais (CECS) da CEP. Centenas de entradas, de A a Z, constituem ao longo de 542 páginas este elucidário de termos em uso na vida Igreja, abrangendo as várias ciências teológicas e servindo-se de referências constantes aos livros da Escritura e aos principais documentos do Magistério. De entre estes, são citados mais frequentemente os do Concílio Vaticano II, o Novo Código de Direito Canónico, o Catecismo da Igreja Católica, os Preliminares dos Livros Litúrgicos da reforma conciliar e os principais documentos de Doutrina Social da Igreja. A ideia de criar um livro que explicasse de forma acessível termos usados na doutrina e prática da Igreja nasceu no seio da CECS, como revelou à Agência ECCLESIA o presidente da mesma, D. João Alves. “Nos nossos encontros com os jornalistas, organizados anualmente no mês de Setembro, foi-se constatando a necessidade de material seguro, que se pudesse consultar rapidamente”; recorda. D. João Alves chamou a atenção para a necessidade de os jornalistas estarem preparados para divulgar a informação com rigor. “Presta-se um serviço aos jornalistas que têm de falar rapidamente sobre assuntos difíceis e falar sobre os grandes temas do Cristianismo não é fácil”, referiu. Sobre o autor, o presidente da CECS destacou “a simplicidade, coragem e espírito de serviço”. Da compilação de vocabulário e termos usados pela Igreja Católica destinada a jornalistas e outros comunicadores passou-se a esta Enciclopédia. O autor da obra revelou que este trabalho durou cerca de 2 anos e justificou-o com a necessidade de “dar um maior desenvolvimento a alguns termos”. “Os comunicadores irão ganhar mais com esta publicação, que se apresenta mais desenvolvida”, assegurou D. Manuel Falcão, vincando que nunca se afastou da intenção original da obra. Nesse sentido, aliás, manifestou o desejo de esclarecer “termos essenciais que às vezes são tratados com leviandade”. O público-alvo da obra abrange não só os agentes da área da comunicação, mas também catequistas, membros de movimentos católicos, clérigos interessados na actualização doutrinária e pastoral e outras pessoas que queiram aprofundar a cultura católica. Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel Falcão lembrou a sua preocupação por escrever “numa linguagem simples, que chegue ao grande público”. Publicada pela Paulinas Editora, a obra foi lançada nas instalações da Biblioteca da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Serão colocados à venda 2.000 exemplares desta primeira edição. A Ir. Eliete Duarte, directora da Paulinas Editora, manifestou a “grande satisfação” da instituição por poder contribuir para esta obra e considerou D. Manuel Falcão como “um pai e amigo, que noz quer fazer crescer”. Pinharanda Gomes, a quem competiu a apresentação da obra, destacou a sua utilidade para compreender o Catolicismo como “um sistema lexical”. “Poucas pessoas conhecem o valor de termos religiosos antigos e mesmo dos termos em uso”, apontou. A Enciclopédia Católica Popular estará disponível, on-line, na página da Agência ECCLESIA.

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