Dalai Lama alerta para reforço de medidas de segurança no Tibete

As autoridades de Pequim reforçaram as medidas de segurança nas principais cidades do Tibete e interditaram o território a estrangeiros, à medida que se aproximam os aniversários dos protestos anti-chineses de 2008, da revolta de 1959 e daposterior fuga para a Índia do líder espiritual, o Dalai Lama. Numa mensagem divulgada na véspera do Ano Novo tibetano, que se celebrou nesta Quarta feira, o Dalai Lama advertiu para o recrudescimento da repressão no território, e referiu ainda que “estão a ser aplicadas restrições especiais aos mosteiros e foi interdita a entrada de estrangeiros”. A 10 de Março assinala-se o 50.º aniversário da revolta contra a ocupação militar chinesa, que ditou a fuga do Dalai Lama. Quatro dias depois assinala-se o primeiro aniversário das manifestações anti-chinesas do ano passado em Lassa e noutras cidades tibetanas, que provocaram mais de 200 mortos. As agências de viagem e os hotéis confirmaram as informações do Dalai Lama, explicando terem recebido indicações para não aceitarem reservas de estrangeiros até ao início de Abril. Na sua mensagem, o Dalai Lama adverte para o nível de repressão, de “crueldade e provocações que forcem os tibetanos a manifestarem-se”. Estas manifestações, para o líder tibetano, seriam o pretexto “para as autoridades [chinesas] se permitirem uma repressão sem precedentes”. Por isso, recomenda ao “povo tibetano a máxima paciência”. O Governo chinês assegura que a situação está tranquila no território, que ocupa desde 1950. Pequim anunciou uma série de iniciativas para comemorar a data da fuga do Dalai Lama, que, na perspectiva chinesa, corresponde ao início da “aplicação das reformas democráticas”. Redacção/Rádio Vaticano

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