D. Teodoro de Faria visitou neste sábado o Estabelecimento Prisional do Funchal, onde presidiu à Eucaristia da Festa da Epifania do Senhor. A cerimónia foi concelebrada pelo P3. Carlos Duarte e o Pe. Tony Vítor, capelão daquele Estabelecimento. O prelado funchalense fez uma breve reflexão a propósito do Evangelho em que se narrava a chegada dos Reis Magos junto ao local onde Jesus nasceu, sublinhando a importância da Festa da Epifania do Senhor na qual Deus se manifestou a todos os homens, tanto os bons como aos maus. Referiu, depois que «servimo-nos dos estabelecimentos prisionais para ajudar as pessoas a reconhecerem as suas faltas e depois a modificarem-se. Nós, como cristãos, estamos convictos que a pessoa humana pode melhorar. E não é com violência que se resolvem os problemas, mas ajudando os que prevaricaram, dando condições para que a pessoa que cumpriu a sua pena na prisão possa voltar a se inserir na sociedade». D. Teodoro de Faria fez referência à contestação mundial causada pela pena de morte de Saddam Hussein, condenando-a e acentuando, a propósito que «a vida é um dom de Deus. Ninguém tem o direito sobre a vida humana. Nem sobre a vida dos que pagam os seus erros, nem dos velhinhos, nem dos que estão para nascer. Nós não podemos referendar a vida». E, acrescentou, «porque há vida, há possibilidade de mudança». O Bispo do Funchal deixou uma mensagem de esperança aos reclusos salientando que «temos de conservar a esperança mesmo quando parece que neste mundo já não há soluções para os problemas que vão surgindo». E a terminar D. Teodoro de Faria apelou para que a sociedade tenha uma boa aceitação para com aqueles que pagaram, as suas faltas nas prisões, desejando que sejam criadas condições para que esses possam ver que a sua esperança também se realizou, dizendo que «sem Deus não há esperança» e que «a vida não tem sentido quando se perdeu a esperança nos homens e em Deus». A Eucaristia foi participada por um significativo número de reclusos e reclusas, a quem o Bispo do Funchal desejou que «o ano de 2007 fosse bom para os que aqui se encontram e que para muitos fosse o ano em que recuperassem a liberdade que todos vós gostariam de ter porque todos nós nascemos para a liberdade, mas para uma liberdade com responsabilidade. Uma liberdade que leve a que todos os reclusos possam integrar-se na sociedade».