Várias dezenas de fiéis estiveram, ontem, na Sé do Funchal, para participar numa missa em sufrágio de João Paulo II, celebrada pelo Bispo do Funchal. D. Teodoro de Faria considerou-o um «amigo universal», lembrou as suas «grandiosas» qualidades e recordou a sua profunda humanidade. O Bispo do Funchal sublinhou ainda a sua capacidade de perdoar. D. Teodoro de Faria começou a homilia dizendo: «Morreu o irmão universal», lembrando todo o serviço que o Sumo Pontífice prestou à humanidade, durante um dos mais longos pontificados da história da Igreja. O Bispo do Funchal disse que, «contra todas as violências e tiranias» e tendo João Paulo II conhecido as maiores humilhações contra a pessoa humana, «não odiou ninguém, a todos perdoou, mesmo ao jovem que atentou contra a sua vida, na Praça de São Pedro». O Bispo do Funchal lembrou também a sua luta incessante pela paz universal no século XX, «lutando contra todas as opressões, tanto do comunismo como do capitalismo». «Para ele», referiu D. Teodoro de Faria, «o essencial era libertar o homem de todas as cadeias e da escravidão, fossem de qualquer ideologia». Enaltecendo o diálogo que o Papa estabeleceu com o Mundo, através das inúmeras viagens que realizou, o Bispo do Funchal considerou-o «um líder global, que “electrizava” as multidões, sempre com uma profunda humanidade». «Não era um político, mas um defensor da liberdade humana», qualidade que se reflectiu «num amor sem fronteiras». O Bispo do Funchal não deixou ainda de fazer referência à sua amizade por Portugal e à sua «profunda ligação a Fátima». E recordou a viagem do Sumo Pontífice à ilha, em 1991, dizendo que «foi um grande amigo da Madeira». Recorde-se que, nesta visita, João Paulo II visitou a Sé, tendo orado na capela do Santíssimo Sacramento e rezado no altar-mor. Neste momento de luto para o Mundo, D. Teodoro de Faria considerou a sua viagem à Madeira como o momento mais significativo e religioso na história da diocese.