D. Sebastião Soares Resende recordado na terra natal

No centenário de nascimento de D. Sebastião Soares de Resende, a sua terra natal prestou-lhe uma homenagem com um colóquio, o lançamento de 200 medalhas comemorativas e inauguração de uma estátua. Adriano Moreira, ex-ministro da Ultramar e um dos conferencistas, referiu que o primeiro bispo da Beira foi o seu “inspirador na mudança legislativa em relação ao estatuto do indígena”. Nesta sessão comemorativa realizada em Milheirós de Poiares, Santa Maria da Feira, dia 17 de Junho, o actual bispo da Beira, D. Jaime Gonçalves, disse às centenas de pessoas presentes que quando se comemoraram os 500 anos de evangelização de Moçambique os bispos deste país reuniram-se à volta do túmulo e agradeceram emocionados o papel que este homem no crescimento deste país. “A sua memória continua viva e é impulsionadora na vida pastoral”. D. Carlos Azevedo, bispo auxiliar de Lisboa e também natural de Milheirós de Poiares, disse à Agência ECCLESIA que o seu conterrâneo era um estudioso da problemática daquela ex-colónia portuguesa. “As suas cartas pastorais denotam que ele estudava os assuntos e analisava as situações. Pensava antes de tomar medidas concretas”. Passados Passados 40 anos da sua morte, D. Carlos Azevedo lamenta que esta figura seja um pouco desconhecida e de “poucos se recordarem dele”. Esta sessão comemorativa teve a finalidade de recordar “algumas das vertentes essenciais da sua personalidade”. Por sua vez, o pároco de Milheirós de Poiares, Pe. Fernando Gonçalves, definiu esta homenagem como “um abraço entre Portugal e Moçambique” Em declarações à Agência ECCLESIA o Pe. Fernando Gonçalves salientou que antes da comemoração do centenário o “conhecimento de D. Sebastião era muito restrito”, ressalvando que as comemorações “vão começar agora, porque sabia-se muito pouco” acerca deste prelado. A título pessoal destaca o conhecimento que adquiriu “pelos escritos” a que teve acesso, e, quando esteve em Moçambique como capelão militar, pela obra que percebeu ter sido realizada. Para o pároco de Milheirós de Poiares “o espirito e a obra de D. Sebastião continuam hoje presentes na Beira e em Moçambique”, o que foi testemunhado no sábado pelo actual Bispo da Beira, D. Jaime Gonçalves. Notícias relacionadas • «O Profeta da Beira»

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