Conversa com bispo e visita à Sé ajuda a descobrir sentido da Igreja As crianças de Santarém encontraram-se com D. Manuel Pelino, o seu bispo diocesano. Pelo terceiro ano, o serviço da catequese organiza um encontro com as crianças que fizeram a primeira comunhão. E os resultados têm sido estimulantes.
Trata-se de um fim-de-semana cheio, com a recepção a cerca de 1000 crianças de toda a diocese, segundo estimativa de Paulo Campino, director do secretariado da Catequese em Santarém. No Sábado o encontro decorre com as crianças da zona Sul e no Domingo são as crianças da zona Norte a encontrar-se com o bispo. "Só no Sábado, estiveram na Sé 350 crianças de 30 paróquias da diocese", conta o director ao programa Ecclesia.
Esta iniciativa teve o seu início no ano da Eucaristia, em 2007, uma prática iniciada por Bento XVI. D. Manuel Pelino reconhece-lhe frutos e afirma ser "estímulo para as crianças perceberem melhor o que significava a primeira comunhão, para viverem este passo mais intensamente, como primeiro na sua caminha cristã".
O bispo de Santarém afirma que na paróquia, as crianças "têm uma visão reduzida da Igreja". Um encontro "amplo, com muita gente, ajuda a ver para além das fronteiras da sua paróquia".
Na simplicidade, as crianças questionam sobre a eucaristia, a participação na missa e a educação cristã. "O que noto é que estão atentos", explica o bispo.
Os encontros com o bispo permitem descobrir a Igreja, "de onde nasce a eucaristia". "A eucaristia não é individualista. Torna-nos família e corpo. Descobrir a Igreja como uma grande família é indispensável para as crianças".
D. Manuel Pelino considera ainda ser positivo questionar a fé desde cedo. "A fé tem de ser inteligente e confrontada com o mundo".
Esta é simultaneamente uma experiência de Igreja porque, aponta Paulo Campino, "percebemos que as crianças nunca tinham foram à Sé". A visita é antecedida por informação prestada aos catequistas para "contextualizar a importância da Sé como Igreja mãe da diocese".
A reacção das crianças é muito interessante, recorda Paulo Campino. D. Manuel Pelino já fez uma caminhada por todas as paróquias e "muitas crianças já estiveram com ele", Na simplicidade das crianças "revela-se uma relação de proximidade".