Falecido bispo foi um dos portugueses a marcar presença no final do mais importante acontecimento eclesial do século XX
D. Júlio Tavares Rebimbas, falecido esta Segunda-feira aos 88 anos de idade, era um dos bispos portugueses que participaram no Concílio Ecuménico Vaticano II (1962-1965).
Aos 43 anos, em 27 de Setembro de 1965 foi eleito por Paulo VI como bispo do Algarve e, ainda antes da ordenação, tomou parte na última sessão do Concílio.
Em texto publicado na Agência ECCLESIA, o prelado recordava um acontecimento que o marcou “profundamente”.
A convivência com o Papa, os outros bispos e o Espírito Santo, nas sessões diárias daqueles últimos meses, a densidade e uma pressa de aprovar constituições, decretos e declarações fizeram-me participar nos votos e aprovações da maior parte dos documentos conciliares”, assinalava.
“A vida é para cada um de nós um segredo, é um mistério. O Concílio foi para mim uma riqueza de dons gratuitos e também é um mistério”, escreveu D. Júlio Tavares Rebimbas.
Algarve, Lisboa, Viana e Porto foram as Dioceses que o prelado serviu, ao longo de várias décadas.
“Agora vivemos na fé e na esperança, depois viveremos na caridade, na luz de Deus, olhos nos olhos e tudo será revelado” era a certeza que o falecido bispo manifestava num texto intitulado «Memória do Concílio»