A Igreja em Lisboa celebrou, ao longo do passado fim-de-semana, a festa da Diocese, marcada pelos desafios deixados por D. José Policarpo. Para o Cardeal-Patriarca, é prioritário na Igreja “fazer da evangelização a expressão e o anúncio da caridade”. Na conferência que assinalou a abertura do Dia da Igreja Diocesana, D. José Policarpo destacou duas atitudes que considerou essenciais para a prática da caridade: “A partilha de bens e a disponibilidade de tempo e de coração para acolher e ir ao encontro das pessoas que sofrem. Nem todas as necessidades dos nossos irmãos, mesmo dos pobres, se resolvem com dinheiro”. O Cardeal-Patriarca sente que “há já uma grande disponibilidade dos cristãos de Lisboa para a partilha de bens” mas diz que “é preciso aprofundar a disponibilidade para o apoio humanitário a pessoas idosas, sozinhas, doentes, nos hospitais ou nas cadeias”. “É preciso suscitar o sentido de vizinhança atenta porque muitas pessoas não são ajudadas porque a sua situação não é conhecida. Os vizinhos devem ser intermediários entre as pessoas que precisam de apoio e a comunidade”, acrescentou D. José Policarpo. Depois do Parque das Nações, no sábado, a festa deslocou-se no Domingo para o Mosteiro dos Jerónimos, onde D. José Policarpo deixou um apelo à coerência dos cristãos. O Patriarca sublinhou ainda o dever da partilha e da caridade para com os mais carenciados, uma das linhas de força do programa pastoral para o Patriarcado de Lisboa para o próximo triénio apresentado nesta celebração. O Pe. Paulo Franco, director do Secretariado de Acção Pastoral da Diocese, explicou ao programa ECCLESIA que, com o Dia da Igreja Diocesana, se procurou promover um “momento de comunhão”, tentando “ensaiar novos caminhos para o ano que se aproxima”. Após a realização da sessão de Lisboa do Congresso Internacional da Nova Evangelização, a Igreja no Patriarcado quer explorar os caminhos aí abertos na relação com a Cidade. A festa da Diocese foi, como explica o Pe. Paulo Franco, “uma oportunidade para fazer nova evangelização”.