Neste Natal, o bispo de Bragança-Miranda solicitou uma atenção permanente para com quem sofre
Bragança, 20 dez 2013 (Ecclesia) – D. José Cordeiro afirma na mensagem de Natal que este tempo oferece a oportunidade de cada um poder ver Deus em quem sofrem e destaca a “necessidade” de tecer “relações solidárias e de proximidade”.
“O Natal reforça em nós a capacidade de interpretar a imagem de Deus e de O ver nos rostos sofredores de tantas famílias, em muitos desempregados, pobres, doentes, migrantes, presos, vítimas da violência doméstica, mais sós, pessoas idosas”, explica o prelado de Bragança-Miranda num comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA.
D. José Cordeiro revela que “nestes tempos desafiantes e tão exigentes” reza, vê e contacta “diariamente com alguns irmãos e irmãs” que “são a manifestação das chagas de Deus e da sua fragilidade” e considera que estes “mostram a necessidade de tecermos as relações solidárias e de proximidade”.
“Deus continua a escolher a periferia das periferias, para que ninguém se sinta excluído do seu abraço e faz-se homem, amando-nos com um coração de carne”, prossegue na mensagem “Ver o Natal do Senhor!” publicada na página da diocese na internet.
Segundo o bispo da Diocese de Bragança-Miranda, a simplicidade da fé “ilumina” a vida e faz “aceitar com docilidade as grandes coisas de Deus”: “Experimentamos como a alegria perfeita é possível também neste mundo, apesar dos sofrimentos e das dores de cada dia”, acrescenta.
“Uma vida sem reconhecimento é uma vida triste, difícil”, assinala o prelado que explica que essa vida “ignora o prazer e a beleza do dom” porque “acredita que tudo seja sempre devido e antes de se alegrar pelo que possui, vive na raiva por aquilo que pensa que lhe foi retirado”.
“A nós foi-nos dada a alegria de poder dizer obrigado, de voltar a descobrir as palavras mágicas que tornam a vida mais leve, os gestos de fineza e de atenção que ultrapassam as tensões mais duras e abre a janela do encontro”, precisa.
Para o título da mensagem de Natal – Ver o Natal do Senhor! – D. José Cordeiro inspirou-se no que São Francisco de Assis disse a Giovanni Velita, um proprietário rico de Greccio, em dezembro de 1223: “’Amigo, neste Natal do Senhor quero vê-lo!’: “Daquela compreensão nasceu o presépio como é conhecido na cultura cristã, na piedade e na arte dos países latinos”.
D. José Cordeiro deseja também as “boas festas e um Santo Natal” à sua diocese, em português e mirandês, com um postal natalício na sua página na rede social Facebook.
CB/LFS