D. Jorge Ortiga recebeu Douturamento Honoris Causa

Arcebispo de Braga indica ser reconhecimento à Igreja diocesana

D. Jorge Ortiga recebeu esta Quinta-feira o Doutoramento “Honoris Causa”, concedido pela Universidade Lusíada.

Em declarações à Agência ECCLESIA o Arcebispo Primaz assumiu este reconhecimento como “um acto de homenagem à Igreja que eu represento na Arquidiocese de Braga. Não atribuo um significado pessoal”.

A Universidade Lusíada, a comemorar 20 anos de existência quis reconhecer “os relevantes méritos” do Arcebispo Primaz.

No acto de condecoração, o Arcebispo de Braga defendeu um “novo modelo civilizacional” para evitar “corrupções escandalosas”.

“É vulgar falar-se na crise, mas o dinheiro que existia antes da crise não se evaporou, ele está em algum lado”, referiu.

Numa intervenção marcada pelos temas da economia e educação, D. Jorge afirmou haver “certos sistemas e certos factores que permitem que uns tantos acumulem riqueza e que uma grande maioria das pessoas fique privada daquilo que é indispensável”.

“A globalização favorece a acumulação de riqueza na mão de muito poucos, por mais que tentem dizer-nos o contrário”, disse.

Certo de que “só a luz da cultura criará as condições que garantem que tudo seja mais ético, mais justo e equitativo”, D. Jorge Ortiga referiu que “a crise não é meramente económico-financeira”.

“É o sintoma de uma mentalidade que não é credível, que está ultrapassada e que exige um novo modelo civilizacional, porque não é o individualismo desenfreado, gerador de desigualdades sociais e provocador de corrupções escandalosas, que vai garantir o futuro da humanidade”, salientou o doutorado ‘Honoris Causa’.

A educação foi outro dos temas escolhidos por D. Jorge Ortiga para a cerimónia de doutoramento.

“Quando se afirma que deve existir liberdade de ensinar e de aprender, é uma afirmação categórica, porque quer o ensino básico quer o ensino superior necessitam que a lei possa permitir uma possibilidade de escolha para os alunos e para as famílias”, referiu.

O pagamento de propinas tanto nas escolas do 1.º, 2.º e 3.º Ciclos como na universidade é, para o arcebispo de Braga, um duplo pagamento.

“Os pais pagam os seus impostos e ainda têm que pagar a educação dos filhos”, criticou D. Jorge Ortiga, justificando que a “Universidade Católica Portuguesa, tal como todas as outras universidades particulares, cobra propinas porque não tem outra forma de subsistência”.

O lema da Universidade Lusíada é «Que o sol brilhe para todos». D. Jorge deu conta que “seria bom aplicá-lo de facto tanto no plano social como cultural. Esta universalidade começa precisamente na educação e estende-se a uma dimensão social”.

D. Jorge Ortiga é natural da freguesia de Brufe, concelho de Vila Nova de Famalicão.

Foi nomeado, pelo Papa João Paulo II em 1987 como bispo titular da Nova Bárbara e Auxiliar de Braga, tendo sido ordenado bispo no dia 3 de Janeiro de 1988, na cripta da Basílica do Sameiro.

É Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa.

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Agência ECCLESIA

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