Presidente da CEP aponta homem «de uma inteligência superior e sensível nos gestos e palavras» D. Jorge Ortiga, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, explica que se há três anos quando Bento XVI foi eleito e apresentado como “um homem retrógrado, da «linha dura», tradicionalista”, actualmente as pessoas começam a ganhar outra imagem do Papa. Comentando à Agência ECCLESIA a viagem apostólica de Bento XVI aos Estados Unidos da América, D. Jorge Ortiga realça que “as pessoas começam a vergar-se perante a evidência de um homem dotado de uma inteligência superior, mas aberto aos diversos problemas, procurando dar ao Cristianismo mais profundidade e uma racionalidade maior”. Factores que “não eliminam a sua sensibilidade nos gestos e palavras”, refere. Gestos evidentes no contacto que Bento XVI mantém com as pessoas nos Estados Unidos da América. Outro aspecto que o Presidente da CEP sublinha é a questão da pedofilia que “afligiu a Igreja dos EUA”. Bento XVI expressou-se “envergonhado, reconhecendo sem subterfúgios o que aconteceu” e alertou categoricamente a Igreja que “quem comete tais actos não é digno de ser padre”. D. Jorge Ortiga enaltece ainda o discurso do Papa na ONU, nomeadamente a preocupação com os direitos humanos. “Não os direitos de alguns, mas de todos”, frisa o Arcebispo de Braga, sublinhando este aspecto “importantíssimo”, pois “há sempre privilegiados”. O Papa sublinhou ainda a importância “da universalidade dos direitos humanos, seja nos continentes considerados desenvolvidos, como nos em vias de desenvolvimento”.