D. Jorge exorta jovens a darem testemunho de Cristo

Jovens em Caminhada celebraram 30.º aniversário em Pevidém Levai Jesus Cristo à Juventude», porque «a sociedade portuguesa necessita de jovens cristãos comprometidos». Foi este o desafio lançado, ontem, em Pevidém, Guimarães, às centenas de jovens que participaram na sessão comemorativa dos 30 anos da fundação dos Jovens em Caminhada. Centenas de jovens, oriundos de toda a Diocese de Braga, reuniram-se no pavilhão da Coelima, na vila de Pevidém, Guimarães, dando expressão à alegria interior de terem aderido a um movimento que se faz de «generosidade cativante, entrega alegre, doação sem medida, testemunho convincente», conforme caracterizou o assistente diocesano, Padre Costa Pinto. O 30.º aniversário dos Jovens em Caminhada(JOEMCA) voltou a evidenciar a vida e dinâmica de um grande movimento construído sobre alicerces sólidos: Jesus Cristo. A fonte de inspiração permanente voltou a revelar-se em reencontros felizes, sorrisos espontâneos, cânticos, animação e festa. «Estar aqui é uma imensa felicidade»,resumiu magistralmente ao Diário do Minho um dos participantes que se deixou seduzir por Cristo e pela sua mensagem. Organizados em grupos, oriundos de todas as partes da Diocese, os jovens presentes na festa traduziram também em gestos e coreografias esse «arrebatamento interior» por um projecto de vida que cria laços de amizade e entreajuda. «Não tenhaismedo!» No primeiro domingo do Advento, observando a mensagem de que «devemos estar permanentemente vigilantes», o Arcebispo Primaz de Braga pediu a todos uma preparação interior permanente para que se consiga acolher «esse alguém especial e único» e se leve Jesus Cristo ao conhecimento do próximo. Mais do que celebrar aqueles trinta anos de percurso conjunto e o contentamento pela obra feita, D. Jorge Ortiga pediu «um momento de consciencialização do muito trabalho por fazer», exortando a juventude «a levar Cristo à juventude». «Sei da vossa capacidade, sei que sois capazes de realizar coisas maravilhosas, sei que se quiserdes, nas nossas paróquias e na nossa Diocese, a juventude continuará a ser cristã», afirmou o prelado bracarense. Qualificando o período actual como um tempo de dificuldades, onde «Cristo incomoda muita gente», o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa recuperou também a indignação com a decisão do governo de retirar os crucifixos das escolas portuguesas para se afirmar «defensor de uma sociedade laica, mas não dos que trabalham arduamente pelo laicismo, ou seja, por acabar tudo quanto é religião». Recuperando as mensagens de João Paulo II e Ben-to XVI, pediu que os jovens não tivessem «medo de falar de Cristo em qualquer situação, nas escolas, em casa, em qualquer lugar». D. Jorge Ortiga assinalou também o dever cristão de levar Cristo aos outros, sublinhando que «a juventude precisa hoje de celebrar o encontro com Cristo a todo o momento». Pedindo ainda aos jovens que se deixem moldar pela Palavra do Evangelho, sendo que esta é sobretudo a vida e o exemplo de Jesus Cristo, o pastor da Igreja bracarense exortou também a juventude que integra o movimento a transmitir a sua alegria e felicidade como exemplo daquele testemunho de vida. «A vossa linguagem e maneira de ser é imprescindível para anunciar hoje Cristo à juventude», advogou o Arcebispo Primaz, que assumiu, no entanto, que nos tempos que correm, a tarefa não é fácil. Daí igualmente a necessidade de existirem grupos fortes e coesos, inseridos em paróquias, que possam também ser «renovadores da Igreja e da vida paroquial». Apontando o desafio cristão de construir uma sociedade mais justa e mais fraterna, dando permanente contributo à dignidade da vida, o prelado bracarense terminou a sua intervenção naquele momento festivo pedindo aos presentes que «não se instalem e acreditem que é sempre chegada a hora da acção, de se mostrar, com a vida e os comportamentos, que se é cristão, permanentemente comprometido com o amor a Cristo». Refira-se ainda que a celebração do 30.º aniversário da fundação dos Jovens em Caminhada assinalou ainda, em paralelo, os 25 anos de dedicação efectiva ao movimento do padre jesuíta Costa Pinto. Perpetuando a efeméride, foi também cunhada uma medalha e publicado um livro, que resume 30 anos de caminhada, encontros, grupos, actividades, partilha e muitas emoções.

Partilhar:
Scroll to Top