D. Jorge convida cristãos a serem missionários num mundo indiferente

Guimarães iniciou “Ano Centenário” dos Missionários do Verbo Divino O Arcebispo de Braga convidou, anteontem, em Guimarães, todos os cristãos a assumirem a sua condição de missionários. O desafio, lançado pelo prelado nas comemorações do ano centenário dos Missionários do Verbo Divino, ganha particular relevo num «tempo e num mundo de indiferença» perante os deveres e valores da Igreja Católica. Observando o título da mensagem que suporta as comemorações do centenário da morte de São José Freinademetz, missionário na China, e de Santo Arnaldo Janssen, fundador dos missionários do Verbo Divino – «preciosa é a vida dada pela missão » –, D. Jorge Ortiga considerou que o verdadeiro tesouro da vida cristã está exactamente na capacidade individual de cada um servir os desígnios de Deus. «A situação que hoje vivemos no mundo e, porventura, na Igreja, que alguns apelidam de certa crise, abandono, instalar-se em actos e costumes, deve- -se ao simples facto de ape- nas alguns se consciencializarem que apenas eles tinham uma missão a cumprir», advertiu, pedindo que «cada um se sinta verdadeiramente protagonista da missão que a Igreja tem para realizar nos tempos que correm». Presidindo à celebração eucarística que assinalou o início do ano centenário de S. Arnaldo Janssen (fundador) e de S. José Freinademetz (missionário SVD na China), o Arcebispo de Braga não escondeu que a missão missionária pedida aos cristãos de hoje «é díficil», mas simultaneamente «sublime». «Cada um de nós deve ser capaz de interpretar, entender e viver com entusiasmo e encanto a Palavra de Deus», apontou, admoestando que «caímos com muita facilidade na tentação das desculpas» para não honrarmos aquele compromisso. Solicitando o afastamento da ideia de que «a missão é para outros», D. Jorge Ortiga pediu o maior empenho individual na proclamação da boa-nova da salvação. «Deus não quer pessoas especiais, mas gente que se assuma protagonista da missão», concluiu. A cerimónia religiosa, realizada no Seminário do Verbo Divino, em Guimarães, animada com várias representações e encenações bíblicas e ecuménicas, assinalou o início da celebração do “Ano Centenário” da morte de José Freinademetz e Arnaldo Janssen, primeiro missionário e fundador dos Missionários do Verbo Divino, Missionárias Servas do Espírito Santo e Servas do Espírito Santo da Adoração Perpétua. As celebrações decorrem em todo o mundo, ao longo de um ano e os principais responsáveis pelas congregações desejam que não sejam «apenas um olhar para o passado», mas «sobretudo um renovar o presente e ter os olhos postos no futuro». «É viver no presente, com o mesmo entusiasmo de S. Arnaldo e S. José, a confiança em Deus e a abertura ao ser humano. Numa palavra, em diálogo franco e sincero de quem ajuda e aceita ser ajudado a descobrir Deus presente nas mais diversas tradições religiosas e expressões culturais », resumiu o padre António Leite, reitor da casa de Guimarães. Ainda de acordo com o mesmo responsável, ao longo do ano centenário, vivido com S. Arnaldo e S. José, os missionários e missionárias e todos a eles ligados, «queremos aprender a viver como eles viveram, com humildade. Humildes diante de Deus e da comunidade humana, de tal maneira que a única linguagem seja a do amor para que todo o ser humano a possa acolher, perceber e receber».

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Agência ECCLESIA

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