D. Joaquim Gonçalves é favorável à regionalização

O responsável pela diocese de Vila Real considera que o grande desafio da Igreja é atrair novos padres e ajudá-los a manter-se no rumo que escolheram. Defende ainda a regionalização, mas só se não acentuar divisões no país.

Dos 36 padres que ordenou desde que é bispo de Vila Real, oito desistiram do sacerdócio. Este é um dos factos que mais preocupa D. Joaquim Gonçalves, para quem a falta de vocações é o grande desafio que se põe à Igreja nos nossos tempos.

Numa entrevista integrada na série “No Caminho das Dioceses”, ao longo da qual a Renascença conversa com os bispos titulares de todas as dioceses nacionais, D. Joaquim fala ainda da desertificação do interior, não se espanta com o êxodo de muitos dos seus fiéis, lembrando que Trás-os-Montes sempre foi uma região de emigrantes.

O bispo é favorável à regionalização – desde que não divida ainda mais o Litoral do Interior – mas mostra-se céptico quanto à forma de a implementar, temendo que sirva apenas para criar empregos para pessoas do sistema político.

D. Joaquim Gonçalves tem ainda a particularidade de ser o único bispo português a ter passado pela experiência de um transplante de coração. O bispo é várias vezes convidado a falar dessa experiência, tendo inclusivamente escrito um livro sobre o assunto.

RR

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Agência ECCLESIA

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