Na intervenção semanal aos microfones da Rádio Pax, D. António Vitalino destacou a “intensa actividade em prol da arte sacra do Baixo Alentejo” realizada pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da diocese, que em 2009 assinala 25 anos.
O bispo de Beja recordou que José António Falcão, que dirige aquele Organismo desde a sua fundação, rodeou-se “de voluntários competentes nas diferentes dimensões da arte e da história”.
“Com poucos meios financeiros, mas descobrindo parcerias e mecenas, [José António Falcão] tem sido incansável na inventariação, estudo, conservação e divulgação do património diocesano e regional”, através da escrita de livros e artigos, bem como pela organização de exposições e congressos no país e no estrangeiro, referiu o prelado.
D. António Vitalino lembrou que o arquitecto foi condecorado pelo Presidente da República com a insígnia de Grão-Cruz da Ordem de Mérito Civil e com o grau de Grande Oficial da mesma ordem
Arte sacra e música assinalam bodas de prata
O aniversário do Departamento está a ser assinalado com uma exposição de arte sacra do Alentejo, – «Portugal éternel» – que decorre em Lyon, França.
Ainda no âmbito das celebrações das bodas de prata, foi encomendada uma obra musical ecuménica inspirada na Bíblia. O projecto, denominado «Silêncio», pretende igualmente homenagear o fundador do Departamento, D. Manuel Falcão. A antestreia ocorreu a 14 de Novembro, em Beja, na Igreja de Santa Maria da Feira. O disco foi apresentado este Domingo em Lisboa, no Centro Cultural de Belém.
Para D. António Vitalino, “esta maneira de celebrar a efeméride é sinal de que a arte não é algo do passado, encerrado em museus, que também são necessários, mas uma experiência da beleza no presente, que nos faz caminhar na construção de um mundo que queremos cada vez mais belo, mais deslumbrante, abrindo-nos em uníssono na admiração da beleza incriada, que inspira os poetas, os músicos e os artistas”.