Falta cerca de um mês, para D. António Marto tomar posse como bispo da diocese de Leiria- Fátima (25 de Junho). Foram dois anos de intenso trabalho pastoral passados com os cristãos de Viseu e a nostalgia começa a aparecer. “É muito difícil falar sobre isto porque fico emocionado” – disse o prelado à Agência ECCLESIA. Depois de Braga e Viseu, o «altar do mundo» irá receber este bispo natural de Trás-os-Montes. “Considero-me preparado para orientar a pastoral na diocese de Leiria-Fátima” e, concretamente, em relação ao Santuário de Fátima “tenho um estudo feito – «Fátima e a modernidade: Profecia e Escatologia» – que estará nas livrarias nos próximos dias. Um livro onde D. António Marto procura “uma visão da mensagem de Fátima” em relação aos tempos modernos. Um aprofundamento da mensagem porque, “infelizmente, muitas vezes as pessoas só sabem pormenores periféricos e não conhecem o coração da mensagem” – realçou. Nos oitenta anos das aparições (há dez anos) pediram-lhe um estudo sobre este tema e nele descobriu as “chaves de compreensão da mensagem” E acrescenta: “era mais sério do que eu pensava antigamente”. Será que o aprofundamento desta temática está relacionada com a nomeação para Leiria-Fátima? Perante esta questão, o prelado sublinhou que, na véspera da nomeação, o Cardeal Saraiva Martins telefonou-lhe e “disse-me que eu escrevi coisas muito belas sobre Fátima”. E este respondeu-lhe: “pois é mas pela boca morre o peixe”. Quando entrar para a diocese – relata D. António Marto – “serei um pastor com ternura” e “um devoto de Nossa Senhora”. As comemorações dos noventa anos já estão programadas e “a mim compete-me levar para a frente todo esse programa”. Para a inauguração da nova basílica de Fátima, D. António Marto salienta que “todos gostariam que Bento XVI viesse a este Santuário”.