D. António Marto atento às dificuldades

Bispo de Leiria-Fátima fez um balanço dos primeiros nove meses à frente da Diocese e traçou prioridades para o futuro D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima há nove meses, celebrou esta manhã a sua primeira Missa Crismal à frente da diocese, ocasião que considerou fundamental para “expressar a profunda comunhão sacramental entre o Bispo e o seu presbitério”. “Nestes nove meses que estou convosco tive a oportunidade de vos encontrar nas mais diversas circunstâncias. Devo confessar-vos, porém, que foi muito gratificante para mim o encontro pessoal com cada um, em audiência particular, desde o Natal até hoje”, referiu aos presentes. “Tive a oportunidade de reconhecer que, da vossa parte, não falta o testemunho de uma fidelidade provada aos compromissos assumidos, de uma grande generosidade na dedicação e no serviço aos fiéis a vós confiados, de uma alegre satisfação apostólica de ser padre”, prosseguiu. Este responsável reconheceu, por outro lado, “as dificuldades que são causa quotidiana de não pouco mal estar, de certo sofrimento e de alguma desilusão”. Entre elas desatou “a sobrecarga dos compromissos pastorais aliada à crescente diminuição do número e das forças dos padres; a penúria de vocações; a mutação cultural reflectida num ambiente de secularização e indiferença”. Na Diocese, sublinhou D. António Marto, “muitas pessoas, mesmo dentro das nossas comunidades, tornam-se insensíveis aos valores espirituais e indiferentes a uma proposta verdadeiramente evangélica”. O Bispo de Leiria-Fátima lamentou ainda “as incompreensões e resistências à novidade de opções e iniciativas pastorais mesmo por parte de não poucos cristãos que são praticantes e até colaboradores próximos”, bem como “o individualismo de muitos que os leva à perda do sentido de pertença afectiva à Igreja e à recusa de colaborar nos serviços da comunidade”. Neste contexto, D. António Marto considerou que “onosso tempo difícil pode tornar-se tempo abençoado de graça e esperança. O sofrimento da nossa época e que nos atinge pode transformar-se num convite da parte de Deus a ser mais cristão e mais padre”. “A primeira e principal solução para o nosso desânimo e para o nosso relançamento pastoral é de ordem interior. Está mais no nosso interior do que no nosso plano de trabalho”, indicou. Como caminhos para o futuro, o Bispo de Leiria-Fátima falou na necessidade de “racionalização e reestruturação, redistribuição de tarefas e responsabilidades, planos pastorais bem programados e implementados são seguramente indispensáveis”. Notícias relacionadas Cristo é tudo para nós, Sacerdotes

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Agência ECCLESIA

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