“Uma comunidade que é não unida, que não dá o testemunho da fé e da caridade, uma comunidade dividida não tem a força para evangelizar”, disse ontem na Calheta o Bispo do Funchal, citando o Papa Paulo VI, em referência ao novo clima de mudanças de sacerdotes para as diversas comunidades paroquiais e serviços pastorais da diocese. “Na Igreja, a missão é partilhada e repartida. É bom que nos sintamos para além da comunidade a que pertencemos. A nossa diocese tem 90 paróquias. O número de sacerdotes, as condições, a idade, quem tem de gerir tudo isto é o Bispo com os seus órgãos. Temos a responsabilidade de, perante Deus e da Igreja, fazer o melhor”, explicou D. António Carrilho às centenas de paroquianos da Calheta que acolheram o Pe. Silvano Vieira em ambiente festivo, antes e depois da celebração que formalmente lhe deu posse do novo cargo. A passagem de testemunho foi presenciada por vários outros fiéis que se deslocaram do Funchal (de Santo Amaro, por exemplo) sacerdotes de outras comunidades e principais entidades oficiais. “Festa especial, festa da missão”, foi como o Bispo do Funchal caracterizou aquele acontecimento em que se congregaram “testemunhos de uns para outros” e em que ninguém foi esquecido. “Podeis crer, todas as mudanças são para bem da Igreja diocesana, das comunidades, sem esquecer ninguém. A preocupação do Bispo é a mesma para todas as comunidades. Lembramos todos e contamos com todos”, acentuou. Uma palavra de gratidão e de reconhecimento foi também deixada aos padres Ramos e Silvano pelo trabalho realizado até agora. O novo pároco da Calheta, Atouguia e São Francisco Xavier, Pe. Silvano Vieira Gonçalves, apresentou-se como “aquele servo que está no meio de vós, com vontade e desejo de trabalhar”. O Pe. Manuel Ramos, na despedida, disse estar muito feliz “pelo espírito de Igreja, pela passagem de testemunho”. A assembleia de fiéis foi pródiga em aplausos e, no final da celebração, participou ainda num convívio.