D. Antonino deseja menos «famílias restaurante»

Bispo auxiliar de Braga antecipa celebrações de Domingo O Bispo auxiliar de Braga, D. Antonino Dias, pediu ontem, na Basílica dos Congregados, que os cristãos da Arquidiocese se empenhassem em banir da sociedade as «“famílias restaurante”, encaradas apenas como um local onde existe comida e roupa lavada », colocando no seu lugar «os agregados onde se cultiva o amor, a solidariedade, o diálogo e a tolerância». Na missa evocativa do Dia Mundial da Família, o prelado bracarense deu o mote às celebrações eucarísticas do próximo Domingo, sugerindo que os casais aproveitassem a oportunidade para «recordarem o compromisso assumido» e «não deixarem esmorecer o entusiasmo da primeira hora». Evidenciando uma atitude que acontece de forma recorrente em ambientes marcadamente rurais, D. Antonino Dias referiu que «existem muitas famílias que chegam juntas à porta da igreja paroquial… mas o marido vai para um lado, a esposa para outro e os filhos assistem à missa no exterior». Para o prelado, «seria bom que todos permanecessem unidos» pelo menos «até ao ósculo da paz, sinal de reconciliação e diálogo», «um gesto que teria continuidade em casa». «Uma família cristã tem que ser diferente. É esta a diferença que o mundo espera dos cristãos », disse na homilia o Bispo auxiliar de Braga, encerrando assim uma tarde de convívio promovida no exterior da Basílica pelo Conselho Municipal de Reformados, Pensionistas e Idosos de Braga. Centenas de pessoas assistiram às actuações do Grupo Folclórico de Macada – Vimieiro e do Grupo Cultural da Universidade Bracarense do Autodidacta e da Terceira Idade. No final foram anunciados os vencedores do concurso de poesia “Famílias solidárias e vizinhos amigos”, que contou com a participação de 21 instituições, entre associações de reformados, lares, agrupamentos de escolas e famílias, que submeteram à apreciação do júri 294 trabalhos. A turma do 7.º 5 da EB 2/3 de Lamaçães foi a grande vencedora do concurso, seguindo- -se Maria Elisabete Guimarães, a Associação Famílias e José Romeu, da Associação Unidos Parque da Ponte (ex aequo), e ainda Maria Celeste Faria, do Centro Social Padre David Oliveira Martins. Justificando o reconhecimento público dos vencedores, o responsável pelo Conselho Municipal de Reformados, Pensionistas e Idosos de Braga disse ao Diário do Minho que «há valores patentes nos suplementos culturais que também merecem um minuto de palco». Alfredo Cardoso, que referiu que os vencedores ganharam passeios nos autocarros da Câmara de Braga, placas alusivas ao Dia Mundial da Família, marcadores de livros e postais, acabou por lembrar que as comemorações de ontem pretenderam «realçar o papel da célula estruturante da sociedade, a família».

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