Curso prático da Bíblia no palco da Revelação

Diocese do Funchal peregrinou à Terra Santa De 1 a 9 de Setembro peregrinámos à «Terra Santa» integrado na Peregrinação Diocesana orientada por D. Teodoro, com a participação dos Cónegos Martins e Carlos Duarte, padres José Pereira e Toni Sousa. Fomos cerca de cinquenta peregrinos. Visitámos os principais lugares que foram palco de acontecimentos relatados na Bíblia e por isso mesmo denominados «Lugares Santos», em especial as cidades por onde passou Jesus de Nazaré, desde Belém a Jerusalém. «Shalom» foi a primeira palavra que ouvimos ao pisar terra israelita. Essa é a habitual saudação nessa terra. «Shalom» significa a paz por excelência do Reino de Deus. Também foram as primeiras palavras da Judite, nossa guia, as quais ouvimos ainda milhares de vezes durante os oito dias de peregrinação, pois constitui a saudação habitual entre os habitantes de Israel. A Judite, porém, foi mais longe, ao falar de condições de paz para as peregrinações, e condenar o sensacionalismo de alguma comunicação social que, da Terra Santa, apenas sabe transmitir os aspectos negativos duma guerra que vai passando à história, salientando haver paz em muitas das cidades israelitas, onde as três religiões monoteístas, em virtude da iniciativa do ecumenismo, coabitam e já aprenderam a viver em paz. Munidos da Bíblia Sagrada e do mapa de Israel, haurindo as respectivas mensagens, visitámos os principais lugares chamados «santos», que de forma alguma estão relacionados com a revelação divina, com a presença de alguns profetas e, principalmente com a história de Jesus Cristo. Jope, ou Jafa, Caná da Galileia, Nazaré, Monte Carmelo, Monte das Bem-aventuranças, S. João de Acre, Rio Jordão, Lago de Tiberíades, Mar Morto, Belém e, finalmente Jerusalém, com o Monte Scopus, o Monte Sião, o lugar do Templo e o Muro das lamentações, o Cenáculo, o Jardim das Oliveiras, o caminho do Calvário, o sepulcro e a Ressurreição, foram um livro aberto de um curso prático e intensivo da história da Salvação. Com efeito, em cada lugar, em cada visita, em cada cidade, foram-nos recordados através da leitura do texto sagrado, os acontecimentos ali operados. Ora a guia Judite, ora D. Teodoro, foram relacionando e explicando os relatos bíblicos, com as igrejas, com os lugares, com as escavações arqueológicas, a evolução dos cuidados das gerações passadas tidos para com a «Terra Santa». Experiência profundamente vivida por todos os peregrinos que, na véspera da partida, agradeciam a Deus esta oportunidade de terem pisado aquela que, em verdade, deve chamara-se a «Terra Santa». Manuel da Gama

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