Cura vai mais além dos medicamentos

Jornada pastorais da saúde chamam atenção para o acompanhamento espiritual dos doentes É necessário competência profissional no tratamento e perceber que da cura do doente faz parte também a componente espiritual. Assim se manifesta o Padre Agostinho Leal, capelão do Hospital do Espírito Santo de Évora e director diocesano do Secretariado da Pastoral da Saúde. Com o objectivo de sensibilizar para a necessidade de formação o Secretariado Diocesano organizou uma Jornada sob o tema “Acompanhamento Espiritual do Doente”, pois segundo o responsável “temos testemunhado progressos técnicos mas não se tem consciência que a dimensão espiritual também é parte integrante da cura” sublinha em declarações à Agência ECCLESIA. E por dimensão espiritual “não se confunda a religiosidade católica, pois a pessoa pode não ser crente” manifesta o Pe Agostinho, “é mais amplo que isso” chamando a atenção para o facto de ter de ajudar os doentes “a procurarem um sentido para a sua vida” quando numa situação de doença apenas “querem desistir de viver” afirma apontando para a necessidade de reconciliação do doente consigo próprio, com Deus e com os outros. O acompanhamento que presta no Hospital do Espírito Santo, “nem sempre fácil devido à falta de privacidade ou frequência rápida do Hospital” passa pela atenção que presta aos doentes, “por uma escuta activa que aceite a pessoa tal como ela é”, pois quando a pessoa é escutada e compreendida, “adquire força” sublinha. O padre Agostinho presta um acompanhamento personalizado, afirmando que “o colocarmo-nos no lugar do outro é essencial para o ajudarmos” e por isso faz questão “de ir ao encontro das pessoas”, mostrando o quanto uma conversa pode significar num processo de cura física.

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