O programa ECCLESIA deixa-lhe a sugestão de conhecer poetas portugueses para este tempo de férias
Setúbal, 21 de ago 2013 (Ecclesia) – A poesia surge para Sebastião da Gama “como algo inspirador e divino” traduzida num vida curta e num legado de obras inspiradas na serra da Arrábida, em Setúbal, explica o padre Alexandre Santos.
“Não entendo como os cristãos têm medo da morte quando a morte é a porta que se abre para a eternidade”, é a frase que marca a posição do poeta perante a morte, a quem aos 14 anos foi diagnosticada uma tuberculose.
A morte é “qual pedra da abóbada da vida e o ponto último do nosso encontro com a eternidade, com Deus”, recorda à Ecclesia o padre Alexandre Santos citando Sebastião da Gama, como prova de que a morte, para o poeta, era nada mais que um complemento da experiência humana.
O sacerdote, que pode ouvir esta noite no programa Ecclesia na Antena 1, menciona uma “tríade” na vida de Sebastião da Gama como “a referência que atravessa a sua obra poética”; “a relação do eu, a relação com o outro” e no cimo desse triângulo equilátero está Deus.[[a,d,4132,Emissão 22-08-2013]]
“Quando sentia que a poesia lhe vinha à alma, se estava em companhia retirava-se” e “quando a poesia não surgia havia uma luta interior”, confessa o padre Alexandre Santos: em confidência à namorada, Joana Luísa, Sebastião da Gama terá dito que a ausência de inspiração era dolorosa “como se de um parto se tratasse”.
“Sebastião da Gama vive a intensidade da sua poesia da mesma forma que vive a intensidade da sua vida”, afirma o padre, mencionado o momento em que o poeta pede “o sacramento da eucaristia e se reconcilia com Deus”, a 5 de agosto de 1944.
Sebastião da Gama viria a falecer em 1952 aos 28 anos.
Ao longo desta semana o programa Ecclesia da Antena 1 vai ao encontro de poetas e lugares que marcam a cultura portuguesa e deixa-lhe sugestões de leitura para este tempo de férias.
LFS/CP/LS