Luis Filipe Santos, enviado da Agência ECCLESIA a Madrid
Madrid, 15 fev 2016 (Ecclesia) – As tradições e cultura alentejana estão “entranhadas” na vida de Pedro Mestre que considera que nasceu “com a missão de divulgar” o cante alentejano e a viola campaniça.
Para este elemento do Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, um alentejano “que se preze nasce no seio de todas estas questões do cante” e qualquer convívio ou momentos de confraternização entre a família “é motivo para cantar”.
Habituado desde criança a estas tradições, Pedro Mestre “apaixonou-se” pela viola campaniça e pelo cante alentejano que é Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO desde novembro de 2014.
“Tenho orgulho e paixão” pelas tradições do Alentejo, disse à Agência ECCLESIA após o concerto no Círculo de Bellas Artes, em Madrid (Espanha), que decorreu este sábado e foi promovido pelo «Festival Terras Sem Sombra»
Esta iniciativa do Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja pretende promover e valorizar o património artístico do Baixo Alentejo.
Para além de cantar, Pedro Mestre dedicou-se também à viola campaniça “numa época em que ela estava praticamente considerada como extinta” e limitada a dois mestres tocadores”.
Este apaixonado pela cultura alentejana foi aluno dos mestres tocadores – Manuel Bento e Francisco António – que lhe ensinaram a “tocar e a construir a viola campaniça”.
Pedro Mestre já formou e colabora com vários grupos de cante alentejano porque, para que esta tradição “seja aquilo que é”, são “necessárias forças motrizes”.
LFS