O programa Ecclesia deixa-lhe sugestões de leitura para este tempo de férias
Leiria, 23 ago 2013 (Ecclesia) – Adolfo Correia, mais conhecido por Miguel Torga foi o poeta que mais utilizou “o discurso religioso” mas sem “o conteúdo religioso”, afirma o padre Augusto Pascoal.
O poeta, nascido em São martinho da Anta, Vila Real, em 1907, foi “muito marcado pelas suas origens”, diz o padre, notando que o autor fez a “análise mais profunda do ser e existir humano”.[[v,d,4122,uma análise do Pe. Augusto Pascoal]]
“Duro não era”, foi a escolha de palavras do sacerdote da diocese de Leiria – Fátima para se referir ao homem Miguel Torga, salientando a intensidade da sua poesia ao admitir que via nela “o homem que sofre” em poemas que falam de “incompreensão” e de um “tormento que as pessoas não entendem”, explica em declarações ao programa ECCLESIA que pode escutar esta noite na Antena 1.
Miguel Torga “não encontra mesmo” a luz que procura e segundo o padre Augusto Pascoal “ o sonho que todo o homem tem é de chegar ao fim realizado” mas essa realização tem uma barreira que “só a fé” pode ajudar a ultrapassar e ele “não consegue” encontrar essa fé.
Entre os contos, a poética, o romance, a crónica que Miguel Torga produziu o sacerdote elege a “poesia integrada no diário”.
Ao longo desta semana o programa de rádio Ecclesia vai ao encontro de poetas e lugares que marcam a cultura portuguesa e deixa-lhe sugestões de leitura para este tempo de férias.
LFS/CP/LS