Ciclo organizado pela Capela do Rato, em Lisboa, prossegue em Abril com «O Evangelho Segundo Mateus», de Pier Paolo Pasolini
Lisboa, 18 Mar (Ecclesia) – O documentário «Pelas Sombras», sobre a artista plástica Lourdes Castro, que foi exibido esta quarta-feira na Capela do Rato, em Lisboa, constituiu para o público que assistiu à projecção uma oportunidade de unir cinema e espiritualidade.
“Celebrou-se a vida no seu esplendor, rezámos em silêncio com as palavras e os silêncios da Lourdes Castro” e “deixámo-nos conduzir pela câmara sensível da Catarina Mourão [realizadora]”, escreve Margarida Ataíde no site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
A assistência, que encheu quase por completo a capela, foi “intimamente” tocada pelo “significado cristalino das palavras, a delicadeza dos gestos” e “a simplicidade” com que artista nascida em 1930 no Funchal “resume a sua vida”.
Após a projecção seguiu-se um tempo de perguntas e respostas entre os espectadores, a realizadora e Inês Gil, professora e investigadora da Universidade Lusófona, onde coordena o projecto de investigação sobre Igreja e Cinema.
O documentário sobre Lourdes Castro, “compositora de sombras e silhuetas”, foi escolhido para receber o prémio Signis Portugal-Árvore da Vida, atribuído pela Igreja Católica, na edição de 2010 do festival internacional de cinema independente IndieLisboa.
A exibição do filme inaugurou o Ciclo de Cinema e Espiritualidade na Capela do Rato, iniciativa organizada com o apoio da secção de cinema do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.
A iniciativa prossegue a 13 de Abril com a projecção de “O Evangelho Segundo Mateus”, realizado em 1964 pelo italiano Pier Paolo Pasolini.
RM
Actualizada em 21/3/2011 (9H33)